Clipping Banco Central (2021-11-25)

(Antfer) #1

Economia mais fraca antes do Natal


Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
Thursday, November 25, 2021
Banco Central - Perfil 1 - Banco Central

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Autor: Vinicius Torres Freire


A confiança do consumidor flutuava comas notícias da
epidemia desde o início de 2020, como era de esperar.
Menos mortes, os relaxamentos das restrições de
movimento e aglomeração ou a recuperação de alguma
atividade econômica diminuíam o abatimento, pelo
menos até julho, agosto. Desde setembro, os números
da Covid melhoraram. O ânimo do consumidor piorou.
Em novembro caiu de novo, na medida da Sondagem
do Consumidor, da FGV.


O consumo de energia elétrica caiu em outubro, em
relação ao mesmo mês do ano passado, de economia
ainda muito derrubada pela Covid. Na primeira quinzena
de novembro, o consumo caiu de novo, segundo dados
da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica
(CCEE).


Temperaturas mais amenas ajudam a explicar as
quedas recentes, mas a inflação bateu no comércio
outra vez, assim como a falta de peças e insumos, uma
crise mundial, prejudica montadoras e manufaturas
diversas, diz a análise da CCEE.


No geral, a recuperação rápida da economia, desde o
fundo do poço, parou no segundo trimestre. O
desempenho geral do terceiro trimestre ainda não saiu,
mas um indicador do Banco Central sugere que o PIB
foi fraco. As primeiras notícias de novembro são ruins,
como se vê.

O tamanho e a persistência da inflação surpreenderam
quase todo o mundo os economistas de instituições
financeiras previam queda do IPCA a partir de meados
do ano. Não aconteceu, em parte por causa do
desgoverno, que inflou o preço do dólar e de resto
abateu a confiança em geral.

A onda de mortes por Covid, que chegou ao pico em
abril, fez enorme estrago, claro. Acrise mundial de
abastecimento não arrefeceu.

Desde setembro, os juros na praça financeira
dispararam por causa da inflação, mas também porque
os donos do dinheiro passaram a achar que daria
besteira no controle do gasto do governo e, assim, na
dívida. Deu.

A recuperação rápida até março foi em parte abalada
por fatores externos. O que poderia ser salvo por aqui,
no nosso mundinho doméstico, foi queimado pela
balbúrdia atroz do Planalto. O estrago está feito, apenas
ainda não se sabe o tamanho, do que nos vai restar
para 2022.

Do lado positivo, ao menos para o crescimento de curto
prazo, é possível que os investimentos de estados e
municípios 'em obras' compensem parte do tombo.

Prevê-se que a taxa de inflação fique no ritmo de 10%
ao ano até abril, por aí, mas ainda existe a possibilidade
de surpresas positivas, todas fora do nosso controle.

Pode chover bastante, o que poderia causar um alívio
ligeiro no preço da eletricidade. O destino do choque de
energia mundial é também imprevisível, depende de
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