Cabelos & Cia - Edição 281 (2019-07)

(Antfer) #1

ENTREVISTAENTR


26 CABELOS &CIA 281


Quando e onde você nasceu?
Em 15 de outubro de 1987, em Santo André [SP].
Ainda criança, morei em São Mateus, na zona
leste de São Paulo, e Guareí, a 186 km da capi-
tal paulista. Quando minha mãe faleceu, fui para
Nova Odessa, perto de Campinas, viver com mi-
nha irmã e meu cunhado. Eu os ajudava venden-
do pamonha na rua. Meses depois, voltei a Santo
André para morar com meus avós maternos.

E a decisão de ser cabeleireiro?
Na verdade, a profi ssão me escolheu. Além de
cuidar dos meus avós, eu ajudava um primo
numa loja de R$ 1,99 e trabalhava como entre-
gador de aparelhos de ginástica também. Foi
quando outro primo, o Jailson Seixas, que era
cabeleireiro formado por academias como Jean
Louis David, passou a me levar com ele para
o salão. Eu acabava varrendo o chão, organizan-
do as coisas, mas sem intenção de ingressar nes-
sa carreira, queria trabalhar em multinacional!

Como descobriu essa paixão?
De tanto acompanhar meu primo, acabei convi-
dado para ser seu assistente. Meu primeiro clien-
te foi um homem e, na hora de lavar a cabe-
ça, acabei molhando suas costas! Depois, uma
cliente me pediu para escovar seu cabelo, ape-
nas para me ajudar, e eu não sabia nem girar a
escova direito. Como sempre observava os ca-
beleireiros em ação, venci o medo e fi z o pente-
ado! Daí vieram outras pessoas e comecei a me
encantar por esse trabalho. Matriculei-me em
um curso da Embelleze e busquei outros gratui-
tos, pois não tinha dinheiro para custear os estu-

dos. Nos dias de folga, trabalhava de graça em
outros salões para aprender mais, adquirir expe-
riência. Hoje sou apaixonado pelo que faço.

Quando chegou ao Studio W?
Fui indicado por uma cliente para uma vaga
no Jacques Janine do Shopping Center Norte.
Aprendi muita coisa no período em que traba-
lhei lá e, antes dele, no Jean Louis David, em Mo-
ema. Foi também por indicação que em 2010
cheguei ao Studio W Higienópolis. Como fi cava
muito longe de casa, acabei pedindo para sair.
Então o cabeleireiro José Eustaquio me apre-
sentou ao Miro Pereira, do Studio W Iguatemi,
e passei a ser seu assistente por dois anos. Consi-
dero o Miro um verdadeiro pai. Não foi fácil estar
entre assistentes gigantes e guerreiros enquanto
eu era muito novo e ainda enfrentava inúmeros
problemas pessoais, como a doença dos meus
avós. Mas aos poucos fui conquistando meu es-
paço, adquirindo confi ança e evoluindo profi s-
sional e emocionalmente.



O melhor da
profissão é realizar
sonhos. Fazer as
pessoas se sentirem
bem, se emocionarem.
É inacreditável
tocar alguém
dessa forma

Na foto ao lado, Dougllas em uma das
muitas viagens ao exterior com o time da
Wella. Abaixo, com Miro Pereira, de quem
foi assistente. Na outra página, durante
apresentação em um workshow

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