Carbono Uomo - Edição 13 (2019)

(Antfer) #1

A tecnologia está virando o mundo de cabeça para baixo, e


no universo da vela não é diferente. A Carbono pôde cons-


tatar isso a bordo do Hugo Boss Imoca 60, barco do veleja-


dor britânico Alex Thomson que fez sua estreia no Rio de


Janeiro em março deste ano, durante uma visita exclusiva.


Apesar do tamanho, a embarcação cortou as águas da Baía


de Guanabara como se fosse um caiaque. O moderníssimo


colete salva-vidas do barco é mínimo. A tecnologia, no en-


tanto, ainda pode deixar os velejadores na mão, como Alex


descobriu em novembro do ano passado:


“Eu uso um relógio cujo alarme está programado para


me dar um choque de tantas em tantas horas. Dessa ma-


neira, eu não durmo mais do que preciso. Mas me des-


cuidei, a bateria do relógio acabou, e eu não acordei.


Quando me dei conta, o barco estava preso nas pedras”,


O MAR PODE SER


IMPIEDOSO


Durante a primeira visita ao Brasil, o premiado
velejador britânico Alex Thomson falou sobre
sua ligação filosófica com o oceano

Por Bruno Porto Fotos Bruno Ryfer

Esporte | VELA


  • contou Thomson, que nasceu, em 1974, na cidade de
    Bangor, no País de Gales.
    A tranquilidade com a qual ele relata essa história pode
    ser explicada pelo seu currículo: além de ter sido o mais jo-
    vem velejador a ganhar uma corrida ao redor do mundo,
    Thomson já obteve três recordes mundiais na vela. Ou seja,
    a bagagem do britânico no mar não é pouca.
    Tirando o patrocínio da Hugo Boss (a marca está com ele
    há mais de 15 anos), há pouco glamour na vida de Thomson
    e seus companheiros de barco. Durante as corridas mais
    importantes, ele conta que não costuma dormir mais de 20
    a 40 minutos por dia. Para otimizar o sono, ele contratou
    uma empresa americana especializada no assunto:


“Eles nos ajudaram a chegar ao estado REM (fase mais
importante do sono, quando sonhamos) em apenas 20

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