Carbono Uomo - Edição 13 (2019)

(Antfer) #1
Kanye West, Michael Jordan, Virgil
Abloh e Disney. O que um rapper, um
jogador de basquete aposentado, um
estilista e um dos maiores estúdios de
cinema do mundo têm em comum? Li-
nhas de tênis colecionáveis, caras e mui-
to desejadas. O mercado de calçados
é gigantesco em todo o planeta, movi-
do não somente pela necessidade de
ter algo para proteger os pés ou pela
moda, e sim pelo acúmulo. São os fãs
que sustentam uma indústria cujos lucros
previstos para 2019 são de 435 milhões
de dólares, muitas vezes sem nunca ter
colocado metade dos seus tênis nos pés.
No Brasil, a cultura sneaker surgiu
logo após a reabertura da economia
para importações, nos anos 1990,
quando a coqueluche de Nike Air Max,
Reebok Pump e Adidas Hemp estava
no auge. Hoje o país é o terceiro maior
mercado consumidor de tênis do mundo,
uma economia que deve movimentar
mais de 49 milhões de dólares até de-
zembro. Quando chegam por aqui, os
desejados Yeezy, assinados por West,
esgotam em questão de horas, e edi-
ções assinadas por astros como a tenista
Serena Williams, o cantor Justin Timber-
lake e a banda Led Zeppelin desapare-
cem pouco depois.
Cada sneakerhead é diferente, em-
bora divida a mesma paixão. Uns gos-
tam dos tênis de basquete, outros daque-
les feitos para skate. Edições dedicadas
a personagens de filmes, desenho ani-
mado e bandas, assinaturas de estilistas
e modelos retrô também têm espaço no
coração. Carbono Uomo ouviu histórias
de alguns apaixonados por aquilo que
colocam nos pés.

Parte da coleção do apresentador Marcos Mion

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