Paixão Pelo Vinho - PT - Edição 83 (2021-Trimestral)

(Maropa) #1
edição 83 • Paixão Pelo vinho • 17

Tendo por base a EN118, a nova rota víni-
ca nacional começa no Tramagal e termi-
na em Samoa Correia, percorrendo cerca
de 150 quilómetros ao longo da margem
esquerda do maior rio do território por-
tuguês. A Tejo Wine Route 118 (TWR118)
resulta de uma parceria da Rota dos Vi-
nhos do Tejo com a Comissão Vitivinícola
Regional do Tejo (CVR Tejo) e conta ainda
com o apoio do Turismo do Alentejo e do
Ribatejo. No evento de apresentação aos
jornalistas, que decorreu exatamente num
dos extremos da rota, na Companhia das
Lezírias, João Silvestre, Presidente da Rota
dos Vinhos do Tejo e Diretor Geral da CVR
Tejo, explicou que considera o “enoturis-
mo fundamental para a promoção da re-
gião e dos seus vinhos” porque “todas as
regiões de vinho do mundo famosas as-
sentam muito no seu enoturismo e nas
visitas das adegas e produtores. São ex-
periências que os consumidores não vão
esquecer”. O responsável revela ainda que
vê a rota como “um ponto de partida para
a descoberta da região dos Vinhos do Tejo”
e que a ideia de criar a esta ‘estrada vínica’
surgiu porque “havia um denominador co-
mum entre todas as 14 adegas, a estrada
nacional 118”.


A nova rota, que liga 14 produtores de vinho da região do Tejo ao longo
da EN 118, quer promover o enoturismo e ser “um ponto de partida para a
descoberta da região dos Vinhos do Tejo”.

tejo Wine route 118

Vinhos, enoturismo e promoção da região
> texto Mafalda Freire > fotografia João Pedro Rato

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A TWR 118 tem início, a Norte, no Casal da
Coelheira, no Tramagal (Abrantes), con-
tinua para Sul com a Quinta da Lagoalva,
o Pinhal da Torre, Casa Paciência e Quinta
da Atela (todas em Alpiarça) e segue com
Fiuza, a Adega Cooperativa de Almeirim, a
Falua, a Quinta da Alorna e a Quinta do Ca-
sal Branco e Adega Cooperativa de Benfica
do Ribatejo (todos produtores de Almei-
rim). Depois está a Casa Cadaval, em Muge
(Salvaterra de Magos) e finalmente chega à
Companhia das Lezírias, em Samora Cor-
reia (Benavente).
João Silvestre salienta que “as adegas es-
tão em estágios de desenvolvimento di-
ferentes, em termos de enoturismo, mas
que todas têm algo de interessante a dar
a conhecer e para visitar”. Assim, a ofer-
ta varia entre loja, provas de vinhos, visita
às vinhas, visita à adega, refeições e alo-
jamento; nesta última categoria apenas

a Companhia das Lezírias e a Quinta da
Atela têm capacidade para dormidas. No
entanto, o Diretor Geral da CVR Tejo está
confiante que a capacidade de alojamento
“será ampliada nos próximos anos”.

diVerSifiCar e CreSCer
A aposta passa também por fomentar ou-
tras actividades à volta da TWR118, refere
o responsável da Rota dos Vinhos do Tejo:
“Estamos a fazer um levantamento de ex-
periências relacionadas com a gastrono-
mia, de passeios a cavalo, demonstrações
equestres, viagens no rio Tejo, passeios de
bicicleta e referentes a pontos de interes-
se e de património histórico para fazerem
parte da TWR118 e torná-la mais dinâmi-
ca”. É que segundo João Silvestre, os tu-
ristas que procuram enoturismo também
querem diversidade, algo em que a região
pode dar cartas e tem amplo potencial.
Como a Rota dos Vinhos do Tejo tem 35
associados, João Silvestre esclarece que
devem ser “criadas duas derivações” à rota
da 118 para que todos os produtores sejam
incluídos. Um dos desvios deve incluir as
áreas do Cartaxo, Azambuja e Rio Maior e o
outro deverá integrar a área de Tomar. No
entanto, a “118 será sempre o pilar”.

A oferta varia entre loja, provas de
vinhos, visita às vinhas, visita à adega,
refeições e alojamento.

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