Paixão Pelo Vinho - PT - Edição 83 (2021-Trimestral)

(Maropa) #1
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adeGa CooPeratiVa

terroir é determinante.
Apesar de existir uma maior preponderân-
cia em volume da gama de entrada, onde
se incluem as variedades tinto, branco e,
mais recentemente, rosé, os seus vinhos
procuram identificar as características dos
vários públicos-alvo. Este é um processo
comum em cada segmento de mercado.
“Mas, enquanto nos segmentos altos, as ca-
racterísticas da identidade dos vinhos quan-
to ao terroir da região, são mais evidentes,
nas gamas médias e intermédias, temos de
chegar a públicos mais vastos e, por isso,
com gostos mais diversificados, o que difi-
culta por vezes o trabalho enológico e co-
mercial”, admite o diretor geral da Adega do
Cartaxo, Fausto Silva.
A internacionalização faz parte da estratégia
de crescimento e sustentabilidade da Adega
do Cartaxo e está interligada com a estra-


tégia de diversificação de produtos e mer-
cados que adotaram há vários anos, muito
importante na divisão de risco do negócio.
Em resultado disso mesmo, os vinhos es-
tão presentes em vinte mercados, sendo
os principais a França, a China, a Polónia, o
Brasil, os EUA e a Suíça, seis países que re-
presentam 85% das vendas. Já no mercado
doméstico, as vendas na grande distribuição
representam pouco mais de 13% das vendas
nacionais. O restante são vendas realizadas
no mercado tradicional (pequeno retalho e
HORECA) através da rede de agentes distri-
buidores regionais que a Adega tem como
parceiros. Uns mais destinados e focados
nas gamas médias e baixas, outros, mais
especializados, também com trabalho dife-
renciado nas gamas médias e altas.
Tudo isto fez com que o volume de negócios
da Adega em 2020 atingisse os 10,5 milhões

de euros. Para 2021, cremos que o volume
de negócios seja idêntico, ou com um muito
ligeiro crescimento”, reforça Fausto Silva.

alteraÇõeS ClimátiCaS SÃO ViStaS
Pela reGiÃO COm OtimiSmO
Um dos temas mais preocupantes em rela-
ção ao futuro da produção vinícola são as
alterações climáticas. Questionado sobre
como têm tentado prevenir esta situação,
o enólogo Pedro Gil adianta que, nos “úl-
timos anos tem havido uma grande recon-
versão ao nível do património vitícola da
adega através da reconversão e plantação
de novas vinhas e, neste sentido, têm sido
introduzidas castas tradicionais adaptadas
às características da região bem como ou-
tras que aliadas ao seu potencial enológico
demonstram grande adaptabilidade”.
Muitas das vinhas plantadas e reconvertidas

“O lançamento de vinhos de segmento
alto tornou-se uma aventura, um
enorme desafio, com maior risco. Por
isso, entendemos que o caminho é
enfrentar os riscos com novas soluções,
novos argumentos, novas abordagens
e novas alternativas para os clientes e
consumidores”. Fausto Silva
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