Mundo em Foco Extra - Água (2019-07)

(Antfer) #1

CAPÍTULO 02 RAIO-X DA ÁGUA


E


stende-se por uma área de cerca
de 6 milhões de quilômetros
quadrados e abrange sete países:
Brasil, Colômbia, Bolívia, Equador,
Guiana, Peru e Venezuela. A região
hidrográfica ocupa trechos desde
os Andes peruanos (nas cabeceiras
do Rio Solimões) até a foz do Rio
Amazonas, no Oceano Atlântico.

Ela está inserida na bacia Amazônica,
porém se limita ao território brasileiro
e caracteriza-se por uma extensa
rede, com grande disponibilidade

1 AMAZÔNICA


Imagem aérea da
região amazônica

n Shutterstock

hídrica. Entre os seus principais rios,
destacam-se: Purus, Juruá, Xingu,
Solimões, Madeira, Negro e Guaporé.

A região hidrográfica Amazônica
divide-se em 29 unidades
hidrográficas e compreende 313
municípios. A população total é
de 9,7 milhões de habitantes, com
73% dos moradores vivendo em
centros urbanos.

A densidade populacional média
é muito baixa, cerca de 10 vezes

menor do que a média nacional
(22,4 habitantes por quilômetro
quadrado). É importante ressaltar
que a intensificação da ocupação
humana ocorreu somente a partir da
década de 70, com a consolidação
de atividades como a exploração
madeireira e o plantio de pastagens
para a criação de gado.

Segundo a Agência Nacional de
Águas, a Região Norte representa
uma fronteira provável para a
exploração do potencial hidrelétrico
brasileiro (60% ainda podem ser
aproveitados). Trata-se, atualmente,
da região brasileira menos explorada,
apresentando somente cerca de 5%
do potencial instalado, com usinas
em operação. Contudo, a autarquia
prevê um aumento da oferta de
energia elétrica na região até 2019.
Com isso, em médio e longo prazo,
a região hidrográfica Amazônica
tem grande importância no cenário
energético brasileiro.

O Plano Decenal de Energia
Elétrica para 2019 aponta que a
capacidade de geração hidrelétrica
instalada no Sistema Interligado
Nacional (SIN) para a Região Norte
chegue a 24% da participação.
Somente a utilização do potencial
previsto para as usinas de Belo
Monte (Rio Xingu) e Santo Antônio
e Jirau (Rio Madeira) responderão
pelo incremento de cerca de 10%
na capacidade instalada do SIN.

A região possui mais de 15 mil
quilômetros de hidrovias. Segundo
o Plano Hidroviário Estratégico, do
Ministério dos Transportes, os rios
Amazonas, Solimões, Trombetas,
Madeira e trechos do Tapajós
possuem navegação comercial
em vários níveis de intensidade.
Também merecem destaque, na
região de planalto, os rios Tapajós
e Teles Pires, que necessitam
de intervenções físicas, como a
construção de diques (eclusas) para
a regularização dos níveis de água e
viabilização da navegação.
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