11 TOCANTINS-
ARAGUAIA
A
região hidrográfica possui área que compreende 10,8% do
território nacional e abrange os estados de Goiás, Tocantins, Pará,
Maranhão, Mato Grosso e Distrito Federal, no total de 409 municípios
(incluindo a região metropolitana de Belém).
A população é de 8,6 milhões de habitantes, com a maior parte 76%
concentrada nos centros urbanos. A densidade demográfica é de
9,3 habitantes por quilômetro quadrado, 2,5 vezes menor do que a média
brasileira. De acordo com dados do Banco de Informações de Geração, da
Agência Nacional de Energia Elétrica, o potencial hidrelétrico aproveitado
representa 15% da capacidade total instalada.
O principal uso de água do segmento é com a irrigação, que responde por
62% da demanda total. Entre 2006 e 2012, houve um aumento expressivo de
116% da área irrigada. A área plantada aumentou cerca de 20% no período.
A mineração é destaque na economia, pois cerca de 50% da produção de
ouro do país encontram-se na região, sobretudo em Carajás, no Pará. Existe,
ainda, a extração de alumínio, hematita, amianto e silício. Toda a produção
impõe a necessidade de controle ambiental da mineração e dos desejos.
12 URUGUAI
A
região hidrográfica engloba 3% do território nacional e abrange
porções dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Possui 405 municípios, com população total de 6,2 milhões de habitantes
- dos quais 61% se concentram nos centros urbanos. A densidade
demográfica é similar à média brasileira.
Ao lado das regiões hidrográficas do Paraná e do Paraguai, forma a Bacia
do Prata. O clima é temperado, com chuvas distribuídas ao longo do ano.
No entanto, a média é maior no inverno (período de maio a setembro).
A irrigação responde pela maior demanda (82%), seguida pelo abastecimento
público e pelo uso industrial, que representam, cada, 6%. Em 2013, sete
municípios decretaram situação de emergência ou estado de calamidade
pública devido a eventos de secas e estiagens. No mesmo ano, 67 cidades
passaram por situação crítica em relação às enchentes e alagamentos.
A região hidrográfica apresenta grande potencial hidrelétrico, com uma
capacidade total (considerando os lados brasileiro e uruguaio) de produção
de 40,5 KW por quilômetro quadrado, uma das maiores relações energia/
km^2 do mundo. Todavia, o segmento conta com baixo nível de tratamento
de esgotos, especialmente o trecho alto do Rio Uruguai. l
O Rio São Francisco nasce
em Minas Gerais, na Serra da
Canastra, e chega à foz, no
Oceano Atlântico, entre Alagoas
e Sergipe, percorrendo cerca de
2.800 km de extensão. A região
engloba parte do semiárido, que
corresponde, aproximadamente,
a 58% do território.
A região tem papel relevante
na geração de energia elétrica,
cujo potencial hidrelétrico
instalado, em 2013, chegava
a 12% do total instalado no
Brasil. O segmento possui 40
aproveitamentos hidrelétricos em
operação, entre eles, as usinas
de Xingó, Paulo Afonso IV, Luiz
Gonzaga e Sobradinho.
O principal curso d’água do
segmento permite a navegabilidade
durante todo o ano, em virtude
do regime de chuvas. O rio
apresenta dois trechos navegáveis:
o primeiro, entre Pirapora (MG) e
Juazeiro (BA), e o segundo, entre
Piranhas (AL) e a foz.
n Gustavo Frazao/ Shutterstock