Revista - Especial de Natal VI

(Anita Santana) #1

RLPV - Você começa a
escrever com um vislumbre
do clima, atmosfera,
ambiente, ou tudo acontece
no "escrever" mesmo?
Veríssima Xavier -
Depende. Em muitos
momentos alguns fatores
influenciam no meu pensar
poético e vontade de
escrever, mas a maioria das
vezes tudo acontece no ato
de escrever mesmo.
RLPV - Quando escreve,
surgem cadeias de
coincidências. Como você
faz para organizar essas
ideias? Existe uma fórmula?
Veríssima Xavier - Não
existe uma fórmula, na
medida que as ideias vão
surgindo eu vou escrevendo,
depois analiso o todo e
enxugo as ideias, deixando
basicamente o que me
satisfaz no momento, e até
mesmo busco criar e recriar
com as coincidências,
aproveitando cada ideia para
dar voz aos meus
pensamentos e vida a minha
poesia.
RLPV - A técnica é tudo,
nada, meio caminho
andado? Quem foi a sua
fonte inspiradora? (Quais
autores).


Veríssima Xavier - A
técnica é tudo, levando em
conta o conjunto de métodos
e processos os quais são
necessários na organização e
desenvolvimento de
qualquer atividade, seja
artística, profissional,
literária, etc. É próprio de
cada pessoa a sua técnica de
escrita. Tudo que você
escreve já é parte do
caminho, o importante é
libertar os sentimentos, as
emoções e tudo que temos
vontade de escrever. Depois
vem a parte técnica e
burocrática que é a revisão e
organização. Tive vários
autores como meio de
inspiração no nascer a
minha veia poética a
exemplo de Clarice
Lispector, Jorge Amado,
Cora Coralina, Florbela
Espanca, Erico Veríssimo,
Drummond entre outros que
já faziam parte das minhas
leituras.
RLPV - O que lhe atrai
mais: versos livres ou
formas fixas?
Veríssima Xavier - Eu
particularmente prefiro os
versos livres, embora seja
admiradora das formas fixas
como os sonetos, Haicais,
Camaquiano, Aldravias etc.
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