® Cruzoé 193 [Riva] (2022-01-07)

(EriveltonMoraes) #1

imunização contra a Covid. Segundo o levantamento, 73,7% das
declarações desfavoráveis às vacinas foram feitas por candidatos
alinhados a Bolsonaro, principalmente nas cidades de São Paulo, Curitiba
e Belo Horizonte. Entre as 628 postagens sobre vacina feitas por outros


candidatos a prefeito, somente 16% eram contra a imunização. “Quando a


gente olha de forma mais abrangente, a maioria da sociedade e dos


políticos é altamente favorável à vacinação. Só que existe uma minoria


que faz barulho com publicações polêmicas”, garante a


pesquisadora. “Esses ataques felizmente são minoritários. Ao mesmo


tempo, é muito preocupante perceber a total falta de controle das mídias


sociais. O conteúdo postado por vários políticos brasileiros, como a


deputada Janaina Paschoal, certamente seria retirado do ar pelo Twitter


nos Estados Unidos. Ela não é uma cidadã qualquer, é uma pessoa com


cargo público, com responsabilidades”, afirma Barberia. Na semana


passada, a plataforma suspendeu permanentemente a conta pessoal
da deputada americana Marjorie Taylor Greene, do Partido Republicano,
por espalhar fake news sobre a Covid. Greene foi banida do Twitter após


citar a suposta existência de “quantidades extremamente altas de mortes


por vacinas de Covid”.


Por aqui, as notícias falsas têm sido propagadas sem sanções. “A


ferramenta para denunciar esses conteúdos não está disponível em


língua portuguesa, limitando a detecção de abusos em postagens em


língua portuguesa na plataforma. Isso compromete a capacidade da


plataforma em aplicar as políticas com o mesmo rigor que age contra


postagens antivacina em língua inglesa, nos Estados Unidos”, diz a ONG


Safernet. Especialistas em saúde também lamentam os efeitos da livre


propagação de fake news sobre Covid e vacinação nas redes sociais. “Há


muita morosidade para retirar postagens do ar ou punir quem publica


notícias falsas sobre saúde. Essas fake news deveriam ser criminalizadas


com penas altas”, defende o presidente da Associação Médica Brasileira,


César Eduardo Fernandes.

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