cadeira por serem próximos de gente importante em seus estados de
origem ou simplesmente por terem ajudado a bancar as campanhas dos
titulares dos mandatos, eles se fartam em restaurantes renomados à
custa das polpudas verbas do chamado cotão, viajam ao exterior com
dinheiro público, dispõem de auxílio-moradia ou de residência oficial,
andam em carros oficiais e têm direito a um plano de saúde de
primeiríssima linha. A atividade parlamentar, o que deveria realmente
importar, é próxima de zero. Projetos de lei relevantes são raros. Alguns
desses “senadores invisíveis” nem sobem à tribuna para discursar. A lista
conta com personagens que, embora sejam desconhecidos do grande
público, têm laços familiares com figurões de Brasília.
Eliane Nogueira, a mãe de Ciro
Um caso ilustrativo, e talvez um dos mais retumbantes exemplos de
atividade legislativa praticamente nula, é o de Eliane Nogueira, senadora
pelo estado do Piauí. Mãe de Ciro Nogueira, cacique do PP e ministro da
Casa Civil de Jair Bolsonaro, ela nunca havia disputado uma eleição ou
ocupado um cargo público antes de 2018, quando foi convidada pelo filho
para ser sua suplente. Em uma rede social, chegou a escrever que ficou