governantes também promoveram políticas contrárias aos direitos
humanos. Em todo o mundo, líderes autocráticos estão em ascensão, o
que tem sido muito desafiador. De repente, passou a ser de nossa
responsabilidade defender coisas básicas da democracia, que já dávamos
como garantidas, como a independência do Judiciário, a existência de uma
imprensa livre e a realização de eleições periódicas. Agora, aprendemos
que essas liberdades podem desaparecer se não as defendermos. A
Nicarágua está em uma situação limite, em que o presidente Daniel
Ortega arbitrariamente prendeu críticos e realizou eleições ilegítimas. Há
problemas com países que já sabíamos que eram ditaduras, como
Venezuela e Cuba, mas também com líderes eleitos democraticamente.
No México, temos visto ataques contra jornalistas e defensores dos
direitos humanos e uma tentativa de eliminar os contrapesos do poder. A
situação também se deteriorou muito nas Filipinas e na Turquia. O fato de
o Brasil não ter seguido o mesmo rumo dessas nações só comprova a
força das nossas instituições.
O Brasil tem se tornado destino de refugiados haitianos, venezuelanos,
sírios e, mais recentemente, afegãos. Como tem sido a acolhida dessas
pessoas por aqui?