Exame Informática - Portugal - Edição 318 (2021-12)

(Maropa) #1
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no Assunto. Descreva
pormenorizadamente a dúvida
e a configuração do hardware

POR: SÉRGIO MAGNO

DE: JOSÉ VASCONCELOS


CONVERTÍVEL


OU TABLET


ECONÓMICO


A minha mulher está na faculdade
e queria a vossa ajuda para um
portátil convertível ou tablet que dê
para trabalhos até €300/350. Que
modelos aconselham?


Considerando o orçamento disponível,
recomendo vivamente que opte por
um tablet (Android ou iPad) porque
vai ter uma experiência de utilização
bem melhor (velocidade de resposta,
autonomia, portabilidade...). Há
portáteis convertíveis por esses
valores, mas têm especificações
técnicas que resultam num
desempenho muito reduzido em
ambiente Windows.
Há, no entanto, uma limitação
que pode ser importante: qual o
software a usar. Isto porque ainda
existem muitas aplicações apenas
disponíveis para Windows ou cujas
versões para tablets (apps) são,
naturalmente, limitadas em termos de
funcionalidades. Sugiro, portanto, que
comece por analisar qual o software
que será necessário executar. Se for
necessário correr aplicações apenas
disponíveis para Windows, então terá
mesmo de adquirir um PC. Mas, neste
caso, uma vez mais considerando o
orçamento, será preferível escolher
um portátil tradicional porque,
como referimos, os convertíveis
de baixo preço não oferecem uma
experiência de utilização satisfatória.
Considere, ainda, o mercado de
usados, já que é provável que consiga
um portátil com maior desempenho
a um melhor preço. Por exemplo,
após uma pesquisa rápida numa
conhecida plataforma online de
vendas de usados encontrámos um
portátil com processador Core i5
de sétima geração, 8 GB de RAM e
SSD por cerca de €300. Bem mais
poderosos que um portátil novo com
processadores Celeron ou Atom e 2
GB de RAM. Se optar por um usado,
evite comprar sem ver primeiro para
não ser surpreendido com máquinas
danificadas. E certifique-se que a
bateria ainda está em condições. O


ideal será escolher uma máquina
relativamente nova (menos de 2 anos,
por exemplo) ou recondicionada – há
cada vez mais lojas a comercializar
produtos usados que foram sujeitos
a recondicionamento e que até
apresentam garantias. Se as
aplicações a usar são, sobretudo
de produtividade, gestão pessoal,
comunicação e acesso à Internet,
então é provável que possa viver
bem com um tablet. Neste caso,
será o iPad aquele que garante maior
experiência de utilização, mas mesmo
a versão de entrada de gama (64
GB) tem um preço um pouco acima
do limite (€399). Relativamente a
tablets Android, o Lenovo Tab P11
pode ser encontrado por valores
entre os 300 e 350 euros e é uma boa
máquina para o segmento. Mas há
um problema com os tablets ‘puros’:
não têm teclado, o que pode ser um
fator decisivo para uma estudante. É
possível usar teclados externos (ou
capas teclados), mas fazem aumentar
o custo de aquisição e, muitas vezes,
não são práticos. Se o teclado é
importante – e é provável que seja
para, por exemplo, escrever trabalhos


  • há uma outra opção a considerar: os
    Chromebooks. Ainda não há muitos
    modelos em Portugal, mas estas
    máquinas conseguem apresentar uma
    experiência de utilização bem mais
    fluida que as máquinas Windows com
    especificações técnicas de entrada de
    gama (o sistema operativo ChromeOS,
    um género de Android para portáteis,
    é bem mais ‘leve’ que o Windows). O
    Acer Chromebook 311 CB31 pode ser
    encontrado por menos de €300.


DE JOÃO GUILHERME

WINDOWS 11:


SIM OU NÃO?


Tenho um PC portátil HP (Core i5,
16 GB de RAM) com o Windows
10, que uso quase exclusivamente

para trabalhar no Office (Outlook,
Excel, Word e PowerPoint) e surgiu a
informação que pode ser atualizado
para o Windows 11. O portátil tem
pouco mais de um ano e está a
funcionar perfeitamente. Como se
costuma dizer que ‘em equipa que
ganha não se mexe’, tenho dúvidas
se devo avançar para a atualização
e, por isso, tenho vindo a adiar a
atualização. Tenho receio de perder
alguma coisa. O que recomendam?

À partida, até porque o seu portátil
é relativamente novo, não deverá
ter qualquer limitação de hardware
em fazer a atualização. Nos testes
que temos feitos, as atualizações têm
decorrido sem problemas e sem afetar
programas e ficheiros instalados.
Até temos sido surpreendidos pela
forma como o Windows 11 consegue
manter as nossas preferências que
tinham sido definidas no Windows


  1. Já explicámos as novidades do W11
    na edição anterior e, considerando o
    tipo de utilização indicado, é provável
    que não sinta grandes vantagens na
    atualização. Por exemplo, há algumas
    melhorias na interface e é mais
    fácil manter a organização quando
    se liga a um monitor externo. Mais
    importante, há algumas alterações
    de fundo que deverão permitir
    melhorar a segurança. Por outro lado,
    algumas das novidades prometidas
    ainda não estão disponíveis. Como
    já passou algum tempo desde o
    lançamento do W11, aquelas pequenas
    e grandes falhas que se identificam
    nos primeiros dias já foram
    resolvidas. Em suma, a verdade é
    que, considerando o seu perfil de
    utilização, não há grandes razões
    para avançar para o Windows 11. Não
    deverá sentir grandes vantagens após
    o upgrade. Mas vai sentir algumas,
    pelo que a nossa recomendação é
    avançar. Mas se preferir esperar
    mais umas semanas ou mais uns
    meses, também não vemos qualquer
    problema. Até porque deverá poder
    decidir até 2025.


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