Exame Informática - Portugal - Edição 318 (2021-12)

(Maropa) #1
METODOLOGIA

AS MAIORES
DO PORTUGAL TECNOLÓGICO

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RECUPERAÇÃO É O MOTE


NO PÓS-PANDEMIA


A transição digital acelerou o setor das TIC ao longo dos últimos 20 meses,
o que impôs alguma dinâmica aos negócios. Contudo, para as empresas
mais dependentes de setores mais afetados, como o turismo ou a
restauração, a incerteza travou decisões e deixou alguns negócios em
suspenso. O próximo ano é sinónimo de esperança na retoma para todos

Texto Fátima Ferrão

N


em mesmo a pandemia conseguiu travar o
engenho e a dinâmica de muitas empresas
que atuam no setor das TIC em Portugal.
Há casos de sucesso, superação e de mudanças
estratégicas forçadas, mas a verdade é que, no
geral, as 200 Maiores do Portugal Tecnológico
mantiveram o seu percurso de crescimento, mes-
mo que de uma forma menos acelerada. E porque
o momento é de celebração dos sucessos e não
de ‘chorar sobre o leite derramado’, a sétima
edição do ranking que elege as empresas que mais
crescem em volume de negócios ou nas equipas,
e aquelas que melhor desempenho tiveram nas
suas áreas de atividade, volta a distinguir um
conjunto de organizações que se destacaram,
numa parceria que junta a Exame Informática e a
Iberinform Crédito Y Cauciòn.
O ponto de partida são as 200 organizações que
mais faturam em áreas de atividade relacionadas
com as Tecnologias da Informação e Comuni-
cação (TIC). A seleção das empresas tem início
com a análise das contas apresentadas através de
balanço e demonstrações individuais, referentes
ao ano anterior ao da publicação do ranking.
Este ano, os dados analisados são referentes a
2020, e contemplam todas as empresas cujo CAE
principal ou secundário se enquadre numa das
categorias pré-definidas: Telecomunicações,
Fabrico, Distribuição e Serviços.
As empresas selecionadas são posteriormente
organizadas pelo volume de negócios apresen-
tado, sendo consideradas para o ranking as 200
que apresentam maior faturação. Não importa
se falamos de grandes empresas, de PME ou de
micro, desde que cumpram estes requisitos. Por
exemplo, nesta edição, contamos com empresas
cujas receitas estão entre 2 mil milhões de euros
e os 7,6 milhões.
Fora desta seleção, ainda que se enquadrem
em termos de CAE e de volume de negócios

apresentados, ficam todas as empresas cuja
sede se localize na Zona Franca da Madeira, que
atuem como traders, que apresentem dívidas
à Autoridade Tributária, ou ainda que estejam
em PER (Processo Especial de Revitalização)
ou insolvência.

AS MAIORES EM DIFERENTES CATEGORIAS
Depois de organizadas pelo volume de negócios
apresentado, as empresas são divididas pelas ca-
tegorias CAE em que se enquadram, de forma
a apurar as maiores de cada uma destas áreas
de negócio. Posteriormente, são também ava-
liadas, entre as 200, as que mais cresceram em
volume de negócios entre o ano fiscal de 2019 e
o de 2020. O resultado é obtido através de uma
combinação entre os critérios variação relativa e
variação absoluta no que às receitas diz respeito.
Distinção semelhante é feita à organização que
mais cresceu no que se refere ao número de co-
laboradores. Para este prémio consideram-se as
variações em número de empregados, durante o
mesmo período, tendo como limite mínimo 50.
A empresa mais exportadora e a inovação são
outras duas distinções atribuídas pela Exame
Informática. Na primeira, a seleção do vencedor
baseia-se no valor de receitas mais elevadas, pro-
venientes das vendas feitas fora do país, enquanto
na segunda é distinguida a organização que ob-
tém melhor resultado na ponderação de critérios
como o nível de emprego em I&D, considerando
o peso dos colaboradores na área, relativamente
ao total de empregados acima de 15%. Consi-
deram-se ainda os critérios I&D, Crescimento,
Exportações, Emprego, Risco e Rendibilidade,
aos quais foram atribuídas ponderações em fun-
ção da relevância que foi considerada para este
prémio. Por fim, o prémio Top Score distingue
a empresa que melhor desempenho obteve em
todos os critérios analisados. ■
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