meio dia, do pôr do sol são completa-
mente diferentes, e há um motivo, a na-
tureza é sábia.
Nosso corpo trabalha seguindo essa
conexão, por isso, criar ambientes que re-
produzam essa luz – por meio de abajur,
em escritórios, ou com luz natural – aju-
da a conectar o usuário com a origem do
ser humano, a natureza.
Em seguida, a análise do ambiente
segue para as CORES (4ª variável), es-
tas que refletem a personalidade e tem-
peramento dos usuários. Além da carga
emocional que elas mesmos trazem nas
tonalidades, dependendo da escolha de
cores, elas podem estimular memórias da
infância, resgatar lembranças de tonali-
dades que geraram sensação de angústia,
ou então recordações de confiança, acon-
chego.
Além das FORMAS (5ª variável), a
estética e beleza importam. De acordo
com pesquisas científicas, aquilo que
é bonito, harmonioso, é relacionado
como algo seguro, confortável e agradá-
vel. Nosso cérebro faz essas associações
desde a infância e trazem consigo essas
memórias de longo prazo para determi-
nar as emoções e sensações que teremos
em determinados ambientes. Há pesqui-
sas que mostram a preferência por obje-
tos de contorno curvo, por exemplo, pois
temos uma percepção implícita de que
formas pontiagudas podem nos machu-
c ar.
Outra característica importante vem
dos Sons (6ª variável), em que ocorrem
a cognição e processamento de informa-
ção. Eles causam emoções de diferentes
intensidades em seus ouvintes. Podem
induzir a estados alterados de consciên-
cia dependendo da memória cultural
de cada indivíduo, acalmando o estado
mental ou gerando iniciativa de ação.
Com isso, a Personalização (7ª va-
riável) também tem papel fundamental
nesse processo, uma vez que promove a
sensação de pertencimento e inclusão,
ou seja, quando o ambiente é totalmen-
te pensado para o usuário, com uma boa
usabilidade para todos. Mas essas 7 va-
riáveis só são possíveis quando colocadas
em prática, integrando todas as etapas
anteriores e aplicando o método.
Todo o processo foi detalhado du-
rante a conferência presencial que acon-
teceu em São Paulo destacando pontos
importantíssimos, como a necessidade
de um briefing detalhado de cada pessoa,
sua história e experiências de vida, utili-
zando como estratégia a empatia. Comisso, consegue-se desenvolver um projeto
que proporcione sensação de segurança,
não apenas com manuais de instruções
sobre o uso de objetos, cores e aromas,
mas muito mais humano, com memórias
que o usuário tem segundo sua percep-
ção de segurança.
O futuro dos ambientes vai exigir um
retorno ao passado, em voltarmos maisEVENTO PRESENCIAL DIA 1
Revista NeuroarqDay Edição 2021
COBERTURA GERALTodo o
processo para
o EAMME®
foi detalhado
durante a
conferência
presencial que
aconteceu
em São Paulo
destacando
pontos
importantes,
como a
necessidade
de um briefing
detalhado de
cada pessoa,
sua história e
experiências de
vida, utilizando
como estratégia
a empatia.