A unidade de tempo utilizada pode ser qualquer uma. Análises anuais e
mensais são as mais comuns, uma vez que a maturação destes projetos normal-
mente está inserida dentro deste período de tempo. Neste ponto é importante
introduzir o que vem a ser a taxa de juros i. O conceito da taxa de juros pro-
cura exprimir o que vem a ser o “valor do dinheiro”. Por exemplo, desprezada
qualquer inflação, para um indivíduo, mais vale receber mil reais hoje do que
esperar para receber daqui a um ano. Esta é uma questão bastante intuitiva e
individual, pois, na verdade, cada um sabe o quanto estaria disposto a receber
por esperar. Considerando a taxa de juros como sendo um prêmio para que este
indivíduo espere para receber o que lhe é devido, pode-se usar a taxa de juros
para relacionar o valor futuro F com o valor presente P:
F = P + P.i = P.(1+i)
Quando se considera mais de um período e tempo, ou seja, para n perí-
odos, obtém-se a seguinte expressão:
F = P.(1+i)n (5.1)
Na prática, o número de períodos muitas vezes representa a vida útil
de um equipamento, vida contábil, período de análise ou a duração do fluxo de
caixa como ocorre em projetos que envolvam períodos de concessão.
Exemplo: Devo receber mil reais. Se eu não ganhar este valor hoje, quan-
to eu devo receber daqui a dois anos para compensar este atraso. Considere uma
taxa de juros de 12%a.a. (obs: a.a. = ao ano).
F = 1000. (1+ 0,12)^2 = 1144
Ou seja, deverei receber 1144 reais.
Nestas análises é importante que a taxa de juros seja dividida por cem
e esteja em conformidade com o período de tempo adotado, ou seja, devem-se
adotar taxas de juros anuais para períodos anuais ou taxas de juros mensais
para períodos mensais. Para o caso de se ter várias anuidades, o cálculo deve ser
cumulativo. Seja por exemplo o seguinte fluxo de caixa:
Figura 5.2 - Fluxo de caixa