EFICIÊNCIA ENERGÉTICA: FUNDAMENTOS E APLICAÇÕES
Figura 1.3 - Energia química nas reações de combustão
Embora seja correto considerar a existência de energia elétrica nas car-
gas estacionárias, como se observa nas nuvens eletricamente carregadas, na
iminência de uma descarga atmosférica ou ainda nos capacitores elétricos, a
energia elétrica é mais frequentemente associada à potência elétrica, dada
pela circulação de cargas elétricas (corrente elétrica) através de um campo elé-
trico, e sendo definida pelo produto entre essa potência e o tempo durante o qual
esta potência se desenvolve. Assim, a potência elétrica é dada como o produto
entre a corrente e a tensão (voltagem) medida entre os dois pontos onde circula
tal corrente. Os dois tipos básicos de corrente elétrica são a corrente contínua,
quando seu valor é constante com o tempo, como ocorre nas baterias, ou a cor-
rente alternada, que varia de modo senoidal com o tempo, no caso brasileiro
e americano com frequência de 60 Hz, enquanto na Europa adota-se 50 Hz. A
corrente alternada é mais usada por ser a forma mais simples para produzir,
transportar e utilizar em motores elétricos.
No caso particular da corrente alternada trifásica, onde uma carga é ali-
mentada por três condutores com corrente alternada equilibrada, a potência
total S (em kVA) fornecida é dada pela expressão a seguir;
S = V.I (1.1)
onde V e I correspondem respectivamente à tensão entre as fases e à corrente
em uma das fases.
Outra particularidade importante da corrente elétrica alternada é a pos-
sibilidade de separar sua potência em dois componentes básicos: a potência ati-
va P (em kW), associada às cargas de caráter resistivo e, portanto, à sua efetiva
utilização, e a potência reativa Q (em kVAr), decorrente da formação periódica
de campos elétricos e magnéticos no circuito, sem efeito útil.