EFICIÊNCIA ENERGÉTICA: FUNDAMENTOS E APLICAÇÕES
muitos fatores que contribuem nesse cálculo. Assim sendo é mais prático, e usu-
al, adicionar um percentual, correspondente a essas perdas, nas perdas do tipo
R.I² devido à corrente de carga, ao invés de tentar calculá-la por meio de fórmu-
las. A percentagem que é adicionada se baseia em experimentos com um par-
ticular tipo de transformador, mediante considerações. Para que essas perdas
sejam reduzidas ao máximo, primeiramente devem ser considerados os fatores
que tendem a aumentá-la e diminuí-la. Em geral as referidas perdas são apro-
ximadamente proporcionais ao quadrado da densidade do fluxo de dispersão,
a massa total de cobre do transformador, e ao quadrado da dimensão de cada
condutor pelos quais passam o fluxo de dispersão. Como o fluxo de dispersão e
a massa total de cobre são usualmente fixos, por outras considerações, o único
fator que se pode variar é a dimensão individual de cada condutor por onde pas-
sa o fluxo de dispersão, e essa dimensão deve ser a menor possível subdividindo
os condutores e isolando-os uns dos outros.
11.2.2. Perdas no Circuito Magnético
a) Perdas por histerese no núcleo
Essas perdas dependem, sobretudo, da qualidade do núcleo usado e é
calculada por meio de curvas fornecidas pelos fabricantes do núcleo magnético.
Elas são proporcionais ao peso do material usado, e variam de acordo com a
densidade do fluxo. Para minimizar essas perdas deve-se diminuir o peso do
material o máximo possível e não ter uma densidade de fluxo excessiva. No en-
tanto, deve-se observar que, diminuir a densidade de fluxo, tendo como objetivo
diminuir as perdas por histerese, acarreta o uso de maior quantidade de mate-
rial ferromagnético, o que produz aumento no comprimento dos fios de cobre
nos enrolamentos, aumentando assim as perdas por R.I².
b) Perdas por correntes parasitas de Foucault no núcleo
Essas perdas dependem da densidade de fluxo empregada, da qualidade
do material do núcleo, da espessura das lâminas do núcleo e da eficiência da
isolação entre as placas do núcleo.
A maioria das observações considerando as perdas por histerese tam-
bém se aplica às perdas por correntes parasitas no núcleo. Usualmente estas
duas perdas são calculadas juntas por curvas fornecidas pelo fabricante do nú-
cleo. As perdas para uma dada quantidade de material podem ser reduzidas
diminuindo a espessura das lâminas do núcleo.
No entanto, a redução da espessura dessas lâminas, de forma indevida
apresenta as seguintes desvantagens: