Danielle Steel - As Irmãs PT

móveis caberiam ali muito bem e Sabrina gostava bastante dos que ali havia. Talvez
pusesse mesmo as suas coisas num depósito, caso decidissem ficar com a casa. Esta casa
era dotada de uma atmosfera fantástica e Sabrina conseguia perceber por que razão o
proprietário a adorava e a queria de volta. Era um lugar fantástico para se morar. Candy
exprimiu o seu entusiasmo num sussurro quando a consultora saiu da sala.
— Adoro-a! — exclamou Candy, parecendo excitada.
— Eu também — respondeu Sabrina, sorrindo. Até agora, levava vantagem.
Os quartos de dormir eram pequenos, tal como já haviam sido avisadas, mas eram
satisfatórios, com bonitas janelas e bons cortinados em sedas de tons pastel com
elegantes borlas e braçadeiras. Havia uma cama de casal king-size em cada quarto, o que
Candy adorou e de que as outras também iriam gostar, em especial se tivessem homens
nas suas vidas. Além disso, uma cama king-size era essencial para Chris, por ser muito alto.
O quarto principal era um pouco maior. O que ficava junto a este era algo pequeno, mas
em todo o caso não iriam precisar dele, e era perfeito como quarto de hóspedes. Os
quartos destinados a Candy e a Annie estavam decorados com muito bom gosto e eram
acolhedores. As casas de banho tinham banheiras e duches. As cores das casas de banho
eram claras e alegres e todas possuíam azulejos de mármore. Sabrina olhou espantada
para a funcionária da imobiliária. Não havia absolutamente nada naquela casa de que ela
não gostasse. E podia perceber que Candy também a adorava. Possuía uma óptima
atmosfera e uma "energia positiva", como declarou Candy. E tal como a consultora lhes
prometera, a casa tinha charme. Muito charme. Seria perfeita para elas e não havia ali
nada de muito complicado que pudesse ser difícil para Annie. As escadas eram a direito,
simples de subir e parecia ser um local fácil para circular, mesmo para uma pessoa cega.
— Bingo! — exclamou Sabrina, sorrindo de orelha a orelha.
Candy estava radiante e acenou com a cabeça em sinal de concordância. Disse a Sabrina
que gostava mais daquela casa do que do seu apartamento. Era mais agradável e mais
acolhedora. O seu apartamento era sofisticado e vistoso, mas frio em muitos aspectos.
Parecia uma fotografia de revista e não um lar. Candy já se sentia mais à vontade ali. Era o
tipo de lugar que convidava uma pessoa a aninhar-se num cadeirão enorme e confortável
e ficar em casa. Era um local que transmitia boas vibrações. E, se tudo corresse bem,
também seria um bom lugar para Annie, assim que ela aprendesse onde estavam as
coisas, o que não iria demorar muito. Era uma casa pequena, com dois quartos de
dimensões relativamente boas em cada piso.
— O que achas? — perguntou Sabrina à irmã por delicadeza. Já tomara a sua decisão e
Candy concordava em absoluto.
— Por mim, digo que sim! Vamos ficar com ela. Posso trazer a Zoe para cá, não posso?
Candy nunca ia a parte nenhuma sem a sua cadela, muito embora a tivesse deixado com o
pai naquela manhã. Teve receio de que o bicho tivesse demasiado calor no carro e assim
faria companhia a Beulah, que também ficara em casa. Sabrina não quisera assustar a
consultora com um cão maior. Além disso, Beulah enjoava no carro, por isso não era nada
divertido passear com ela de automóvel.
Sabrina confirmou com a consultora para saber se o proprietário não se opunha à
presença dos cães.
— Falei com ele esta manhã e o senhor disse-me que não havia qualquer problema em