trazerem os vossos cães. Nem sequer mencionou se os cães podiam ser grandes ou
pequenos. Disse apenas cães.
É óbvio que ele também não deve ter especificado o número de animais, o que também
era uma boa notícia para elas, visto que ele mesmo tinha dois. Em todo o caso, a casa
estava preparada para acolher cães. Era uma casa acolhedora, aconchegante, bonita,
confortável, convidativa e o preço também era justo. Os móveis do proprietário eram
melhores do que os delas e podiam levar os cães. Candy já decidira que pretendia alugar o
seu apartamento mobilado, o que o tornaria mais atractivo a um possível inquilino. Iria
pôr a casa no mercado durante essa semana. Os proprietários dos andares no seu prédio
estavam sempre a alugar as suas casas, a preços astronómicos, por conseguinte, ainda
ganharia dinheiro com o negócio. A renda da casa na Rua Oitenta e Quatro Este era
relativamente barata.
— Ficamos com ela — confirmou Sabrina. — Dentro de quanto tempo a casa está
disponível?
— A partir do dia um de Agosto.
As duas raparigas entreolharam-se. Já não faltava muito, mas era muito provável que
desse bastante tempo. Sabrina ainda teria de desistir do seu arrendamento, mas achava
que conseguiria, por uma pequena taxa. E Annie iria sair do hospital dentro de uma
semana. Iria passar uma ou duas semanas em casa do pai. E assim que Sabrina e Candy
tivessem a casa arranjada, poderiam mudar-se para lá.
— Para nós está perfeito — confirmou Sabrina.
Iriam estar atarefadas a ajudar Annie, a vigiar o pai e a tratarem da mudança. De repente,
Sabrina apercebeu-se de que fora uma sorte Candy ter avisado a sua agência de que
tiraria o mês de Agosto de férias. E o resto do mês de Julho. Sabrina tinha de regressar ao
trabalho na semana seguinte e ficaria assoberbada, como sempre, quando isso
acontecesse.
— Posso tentar conseguir que o proprietário a desocupe mais cedo, se quiserem —
ofereceu-se a consultora. — Acho que o senhor está na sua casa de praia e parte para a
Europa dentro de cerca de duas semanas.
— Talvez não fosse má ideia — concordou Sabrina. — Precisamos de mudar-nos dentro
em breve. A minha irmã sai do hospital dentro de uma semana.
— Ela está doente? — perguntou a consultora, parecendo surpreendida.
— Ela sofreu um acidente no fim-de-semana do feriado do Quatro de Julho — contou
Sabrina em tom solene, não querendo entrar em grandes pormenores. — Foi assim que a
minha irmã perdeu a visão.
— Oh, sinto muito. Quando me disse que ela era cega, não pensei que fosse tão recente,
pensei... Vão morar as três juntas?
— Até a nossa irmã se acostumar à sua nova vida. Vai ser uma tremenda adaptação para
ela.
— Entendo perfeitamente — comentou a mulher com simpatia e mostrou-se ainda mais
inclinada a ajudar.
— Vou falar com o proprietário para ver o que ele me diz. É simpático da vossa parte
virem morar com ela — disse, parecendo comovida.
A sua postura inicial, algo rígida, suavizou-se num ápice e desapareceu diante do que
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
#1