Danielle Steel - As Irmãs PT

(Carla ScalaEjcveS) #1

aquelas raparigas estavam dispostas a fazer.
— Mas isso é óbvio. Nós somos irmãs — declarou Candy
— Nem todas as irmãs são assim tão chegadas como as senhoras — respondeu a
consultora imobiliária. — Já não vejo a minha irmã vai para vinte anos.
— Que tristeza — comentou Candy.
— Que papelada teremos que assinar? — perguntou Sabrina.
— Trata-se de um arrendamento comum, com o pagamento do primeiro e do último mês
de renda e um depósito de garantia. Não me parece que o proprietário pretenda uma
caução muito elevada. Vou pôr tudo por escrito e envio-lhe os documentos para o seu
escritório.
— Vou estar ausente do escritório esta semana. Estou em Connecticut em casa do meu
pai. Posso vir até cá de carro para buscar os papéis.
— Posso ter tudo pronto para si amanhã.
— Está óptimo — confirmou Sabrina.
Assim como assim, queria passar uma noite com Chris e Candy poderia dar conta de tudo
por uma noite.
— Vai precisar das assinaturas de todas nós?
— Por agora basta só a sua. Poderemos acrescentar as outras quando vierem todas para a
cidade, se for mais conveniente para si assim.
— Agradeço. Consigo-lhe as outras assinaturas até à semana que vem.
Apertaram as mãos para selarem o acordo, deram mais uma volta pela casa e gostaram
dela mais ainda da segunda vez. Cinco minutos mais tarde, as duas irmãs estavam de volta
ao carro, soltando risadinhas de alegria. Mal podiam esperar para contarem a Annie.
Sabrina telefonou a Chris do seu carro e ele ficou feliz por elas. Disse-lhe que mal podia
esperar para ver a casa. E iriam contar a Tammy assim que ela desembarcasse do avião.
O pai não estava em casa quando as raparigas chegaram, apesar de ter tirado várias
semanas de licença do emprego. Sabrina fez o almoço, que Candy não comeu, e Sabrina
repreendeu a irmã por esse facto.
— Agora não estás a trabalhar. Não precisas de estar aí a morrer de fome.
— Não estou a morrer de fome. Só não estou com apetite. É por causa do calor.
— Também não tomaste o pequeno-almoço.
Candy pareceu ficar aborrecida e subiu as escadas para fazer uns telefonemas do
telemóvel. Não gostava que as pessoas vigiassem ou reparassem no que ela comia, ou não
comia. Tratava-se de um assunto delicado para ela e já era assim há anos. Chegava mesmo
a ficar furiosa com a mãe sempre que ela se referia a esse assunto. Candy começara a
passar fome aos dezassete anos, altura em que a sua carreira como modelo teve início.
Foram as duas visitar Annie ao hospital às duas horas, mas quando lá chegaram, a irmã
estava a dormir. Mexeu-se quando as ouviu entrar no quarto.
— Somos nós — disse Sabrina, sorrindo-lhe, e apesar de Annie não poder vê-las, era capaz
de ouvir o entusiasmo que a voz dela transmitia.
— Eu sei que são vocês. Sou capaz de sentir o teu perfume e consigo ouvir as pulseiras no
braço de Candy.
Sabrina não teceu qualquer comentário, mas Annie já estava instintivamente a adaptar-se
à sua deficiência de maneiras subtis, o que lhe parecia ser uma coisa boa, se é que se lhe

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