Danielle Steel - As Irmãs PT

(Carla ScalaEjcveS) #1

CAPÍTULO 13


As semanas seguintes foram tremendamente frenéticas para Sabrina. Tomava conta do
pai e tentava animá-lo. Candy não ajudou tanto como ela gostaria ou esperaria. Distraía-se
com facilidade, era desorganizada e ainda estava demasiado transtornada com a morte da
mãe para contribuir com a sua ajuda da maneira que Sabrina precisava. Em muitos
aspectos, Candy continuava a ser uma criança e agora esperava que Sabrina fizesse as
vezes da mãe. Sabrina fazia o que podia, mas por vezes era muito difícil.
Depois de assinarem o contrato de arrendamento, regressaram à casa para decidirem
quais os móveis que gostariam de manter. Havia muitas peças bonitas de que tanto
Sabrina como Candy gostavam bastante. Sabrina ajudou Candy a pôr o seu apartamento
para alugar. E Sabrina conseguiu libertar-se do seu anterior arrendamento mediante o
pagamento de uma multa mínima. Vendeu alguns dos seus móveis, guardou outras peças
num depósito e assinalou o que precisavam de levar para a Rua Oitenta e Quatro Este.
Candy alugara o seu apartamento completamente mobilado, por isso não tinham que
levar nada de lá. Sabrina disse a Candy para marcar a mudança para o dia um de Agosto.
Essa era uma das coisas que a irmã podia fazer para ajudar. E entre os quatrocentos
telefonemas que tinha de fazer, Sabrina visitava Annie todos os dias. Esta concordara, por
fim, em mudar-se com as irmãs para ver como as coisas corriam. Após o seu encontro com
a Dra. Steinberg, Annie disse às duas irmãs que se elas a tratassem como um bebé ou se a
fizessem sentir-se como uma inútil, ir-se-ia embora. Tanto Candy como Sabrina
concordaram e garantiram que iriam respeitá-la e aguardariam até que Annie lhes pedisse
ajuda, a menos que a irmã estivesse prestes a cair pelas escadas abaixo.
Por alturas da terceira semana de Julho, altura em que Annie recebeu alta do hospital, as
três raparigas estavam bastante entusiasmadas e excitadas em relação à casa nova e em
relação ao facto de irem morar juntas outra vez, apesar do motivo que as levava a fazer
isso.
Os primeiros dias de Annie em casa do pai foram difíceis. Estar ali sem a mãe era mais
recente para ela do que para as irmãs. Elas já ali estavam há três semanas sem a presença
da mãe. Para Annie, tudo era muito recente. Conhecia a casa na perfeição, por isso
conseguia deslocar-se com razoável facilidade, mas esperava ouvir a voz da mãe em cada
divisão da casa. Abriu os roupeiros da mãe e sentiu as suas roupas com os dedos e
levou-as à cara. Era capaz de sentir o seu perfume e quase conseguia senti-la no quarto.
Por vezes, era uma agonia estar naquela casa e lembrar-se vezes sem conta da última
visão do volante a escapar das mãos da mãe, enquanto esta era projectada para fora do
carro. As recordações assombravam Annie e falava delas durante todas as sessões com a
Dra. Steinberg. Não conseguia afastá-las do pensamento, nem a sensação de que deveria
ter feito alguma coisa para impedi-lo, mas não houvera tempo. Chegava a sonhar com
aquilo de noite, e perder Charlie após o acidente só piorou as coisas. Em alguns aspectos,
estava satisfeita por se mudar para Nova Iorque e não regressar a Florença. Precisava de
começar de novo. No entanto, o pai concordara em manter o apartamento dela por uns
tempos.
O seu plano de tratamento, quando Annie saiu do hospital, era relativamente simples, e o
oftalmologista também o explicou a Sabrina. Sabrina estava a começar a sentir-se mais

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