Danielle Steel - As Irmãs PT

(Carla ScalaEjcveS) #1

passar pela sala de estar e pelo escritório, com a máxima concentração, subiu em seguida
as escadas e foi parar ao quarto de Candy em vez de entrar no seu, tropeçando de
imediato numa mala que quase a fez cair.
— Merda! — exclamou ela com um berro, tentando perceber onde estava, ao mesmo
tempo que friccionava a pele. — És cá uma desmazelada.
— Desculpa — disse Candy e apressou-se a desviar a mala, a fim de desimpedir o caminho
para Annie. — Queres que te mostre onde fica o teu quarto? — perguntou Candy,
esforçando-se por ser prestável, mas Annie repeliu-a de imediato.
Era desgastante para ela tentar adaptar-se à casa, mas sabia que tudo seria mais fácil
assim que isso acontecesse.
— Não, eu cá me arranjo — respondeu Annie, vociferando de novo para a irmã.
Annie acabou por encontrar o seu quarto um minuto mais tarde. Sabrina já pusera a sua
mala debaixo da cama. Sabia que Annie haveria de querer desfazer as suas malas sozinha.
Sabrina passou pelo quarto da irmã alguns minutos depois para ver se estava tudo bem.
— Obrigada por não teres desfeito a minha mala — disse Annie em voz baixa.
Era muito importante para ela que não a tratassem como uma criança.
— Pensei que irias preferir arrumar tu mesma as tuas coisas, para poderes saber onde
está tudo. Se quiseres, posso ajudar-te.
— Não quero — respondeu Annie com firmeza e depois tacteou o caminho pelo quarto,
verificando o roupeiro e abrindo as gavetas.
Descobriu onde ficava a casa de banho e guardou os seus produtos de cosmética. Com o
seu novo corte curto de cabelo, demoraria menos tempo a arranjá-lo do que quando este
era comprido.
Já eram horas do jantar quando Sabrina voltou ao quarto da irmã e Candy também
apareceu por lá. Parecia ser a altura perfeita para contar a Candy que uma rapariga que
conhecera no liceu aparecera lá em casa para engatar o pai.
— Estás a gozar?
Candy estava espantada e Annie riu-se em tom trocista, sentada na cama. Sentia-se
exausta, mas conseguira arrumar tudo. Não trouxera muitas coisas de Florença e aquilo
era tudo o que possuía.
— Quantos anos tem ela?
— Trinta e dois, trinta e três anos, no máximo — respondeu Sabrina.
— Que nojo! Quem é ela?
— A pega — respondeu Annie, enrolando as palavras na língua em tom jocoso, o que
levou as três a rirem-se.
— O que disse o pai? — perguntou Candy, interessada.
Era divertido falar sobre aquele assunto entre as três irmãs desde que nada resultasse daí,
coisa que elas tinham a certeza de que não aconteceria. Conheciam o pai que tinham.
— O pai insistiu em afirmar que não havia ali maldade nenhuma — respondeu Annie. —
Ele é tão infantil! Ela tresandava a perfume barato.
— Que nojo! Dava tudo para saber como é o aspecto dela.
— Também eu — respondeu Annie com tristeza e Sabrina lançou a Candy um olhar de
advertência. — Aposto em como ela é loura e tem mamas falsas — prosseguiu ela,
esquecendo-se de que assim também estava a descrever a irmã mais nova. — Oh...

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