Danielle Steel - As Irmãs PT

(Carla ScalaEjcveS) #1

Jim e a filha mais velha trocaram um sorriso.
— Espero que tudo dê certo para si, pai — disse ela em voz baixa.
Era tão bom ver o pai outra vez. Todas elas tinham sentido imensas saudades dele.
— Eu também. Tudo o que posso fazer é tentar. E sinto muito que estejam todas tão
aborrecidas. Eu sei que isto é difícil para vocês. Para mim também é uma enorme
mudança.
E as raparigas continuavam a achar que era demasiado cedo.
— Vamos ser obrigadas a ir visitá-la, pai? — perguntou Annie.
Nenhuma das raparigas queria vê-la, mas supunham que era isso que o pai contava que
elas fizessem. O pai era mais razoável do que elas pensavam. Continuava a ser o pai que
todas elas amavam tanto.
— Vamos com calma no início — disse o pai com sensatez. — Primeiro, é melhor que as
coisas se recomponham e voltem a entrar nos eixos. Pensei que nunca mais teria notícias
de nenhuma de vocês.
Jim sentira-se bastante mal por causa disso durante o último mês.
— Sentimos imensas saudades suas — afirmou Candy.
— Eu também tive saudades vossas — admitiu Jim, enquanto Sabrina abria uma garrafa
de vinho.
Cada uma das filhas brindou com o pai e todos se abraçaram, prometendo voltarem a
encontrar-se em breve. E passado pouco tempo, o pai foi-se embora. O encontro correra
melhor do que qualquer uma delas esperara. O pai ia casar com aquela mulher, mas pelo
menos ele e as filhas voltaram a falar e o pai não estava à espera que elas recebessem
Leslie de braços abertos, nem mesmo que a visitassem por uns tempos. Esperava que,
com o tempo, as filhas se habituassem à ideia. Além disso, contou-lhes que naquele ano
não haveria nenhuma festa por alturas do feriado do Quatro de Julho. Seria demasiado
duro para todos eles e agora essa era a data do aniversário da morte da mãe e não apenas
um dia de festa. O pai disse que ele e a Leslie iriam para a Europa em Julho e elas estavam
livres para fazerem outros planos. Foi um alívio para todas. Nenhuma das raparigas seria
capaz de voltar a enfrentar uma festa naquele dia e muito menos com a Leslie por perto.
— Que iremos fazer no feriado do Quatro de Julho? — perguntou Candy.
— Não vamos preocupar-nos com isso agora — disse Sabrina com sensatez.
Pelo menos, voltaram a falar com o pai. E concordaram entre todas enviarem-lhes flores e
champanhe para Las Vegas no Dia de São Valentim. Seria um gesto de tréguas da sua
parte, que elas sabiam iria agradar ao pai. No entanto, era mais do que óbvio que era
estranhíssimo darem-se conta de que agora teriam uma madrasta mais nova do que a sua
irmã mais velha. Não era nada disto que elas esperavam quando a mãe morreu. Mas, por
outro lado, o pai também não. Leslie simplesmente aparecera e o amor aconteceu.
Ainda as raparigas estavam a falar sobre o assunto quando o telemóvel de Tammy tocou.
Ela não podia nem imaginar quem seria àquela hora. Era John Sperry a convidá-la para
almoçar no dia seguinte. Tammy ficou atónita assim que ouviu a voz dele ao telefone.
— Não posso acreditar que está a ligar-me — disse Tammy, parecendo espantada.
— Eu disse-lhe que telefonava. Porque parece ter ficado tão surpreendida?
Tammy teve vontade de responder:
"Porque os tipos normais nunca me telefonam. Eu sou um íman para tarados e lunáticos."

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