à mão de semear, com as coisas que precisava de ler, ou preparar para um caso. Chris
também era um bom advogado, mas possuía uma atitude mais descontraída perante a
vida, o que fazia com que ambos fossem uma boa combinação e se completassem. Chris
obrigava-a a relaxar um pouco e Sabrina mantinha-o nos eixos e não o deixava adiar os
assuntos, coisa para que Chris revelava tendência. Por vezes, Sabrina atormentava-o, mas
Chris suportava tudo com bom humor e paciência.
Sabrina desejava que Tammy encontrasse um homem como ele, mas não havia mais
nenhum no mundo. Sabrina não gostara de nenhum dos homens com que Tammy
namorara nos últimos dez anos. Ela era um íman para os homens egocêntricos e difíceis.
Sabrina escolhera alguém parecido com o seu pai, calmo, simpático, de boa índole e
amoroso. Era difícil não gostar de Chris e todos eles gostavam. Ele até era parecido com o
pai dela, o que fez com que as outras irmãs se metessem com ela quando o conheceram
pela primeira vez. Agora, todas elas o adoravam como a própria Sabrina. Só não queria
casar com ele, nem com mais ninguém. Tinha medo de que as coisas dessem para o torto,
como vira tantas vezes acontecer. Eram muitos os casais que lhe contavam que fora
óptimo enquanto viveram juntos, por vezes durante anos e anos, e depois tudo
desmoronou assim que se casaram. Um deles ou ambos acabaram por se transformar em
monstros. Sabrina não tinha receio de que isso acontecesse com Chris, nem mesmo com
ela, mas porquê correr o risco? As coisas eram perfeitas como estavam.
Beulah olhou para Sabrina com um ar infeliz quando esta pousou a mala no chão perto da
porta de entrada. Pensava que iria ficar sozinha.
— Não fiques assim, minha grande pateta. Tu também vens comigo.
Mal acabou de dizer isto, pegou na trela da cadela e Beulah pulou da cadeira, abanando a
cauda, exibindo finalmente um ar satisfeito.
— Estás a ver, as coisas afinal não são assim tão más, pois não?
Sabrina colocou a trela na cadela, apagou as luzes, pegou na mala e ela e Beulah saíram
porta fora.
O seu carro estava numa garagem ali perto. Nunca o utilizava na cidade, apenas quando ia
para fora. Era uma curta caminhada até à garagem. Sabrina pôs a mala no porta-bagagens
e Beulah sentou-se com ar majestoso no lugar do passageiro da frente, olhando pela
janela com interesse. Sabrina ficou aliviada porque os pais não se importavam de receber
os cães das filhas. Elas tiveram um cocker spaniel quando eram crianças, mas agora há
muitos anos que os pais não tinham cães. Referiam-se aos cães das filhas como os seus
"netos postiços", uma vez que a mãe afirmava que já estava a começar a achar que nunca
teriam netos. Era o que parecia, pelo andar da carruagem.
Sabrina sempre partiu do princípio de que uma das irmãs mais novas seria a primeira a
casar, talvez Annie. Candy ainda era demasiado jovem e a sua cabeça pensava em tudo
menos em homens. Sempre conhecia os homens errados, atraídos por ela somente por
causa da sua beleza e da sua fama. Dava a ideia de que Tammy desistira de namorar nos
últimos dois anos e parecia que nunca conseguia conhecer homens decentes naquele
mundo louco onde se movimentava.
Além disso, ela e Chris não passariam daquilo, pois sentiam-se felizes como estavam.
Annie era a única que parecia apresentar uma remota probabilidade de se casar. E
enquanto saía da garagem, Sabrina deu por si a pensar se a relação de Annie com este
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
#1