Danielle Steel - As Irmãs PT

(Carla ScalaEjcveS) #1

— Não, mas também têm a vida delas. Todas nós vamos a casa no feriado do Quatro de
Julho, nem que chovam canivetes.
— Que patriótico — replicou Matt com cinismo, provocando-a, ao mesmo tempo que as
pessoas continuavam a passar pela mesa deles sem deixarem de olhar fixamente.
Podia ver-se os seios de Candy à transparência do seu top branco, fino como papel, que
era uma camisola interior de homem, sem mangas, que no ramo era conhecida como
"espanca mulheres". Candy usava-as com frequência e não precisava de sutiã. Fizera há
três anos uma plástica para aumentar os seios e estes contrastavam de forma marcante
com o seu corpo esquelético. Os seios novos não eram demasiado grandes, mas tinham
um aspecto espectacular e fora um trabalho muito bem feito. Continuavam a ser macios
ao toque, ao contrário da maioria dos implantes mamários, em especial os menos
dispendiosos. Candy fizera a operação com o melhor cirurgião plástico de Nova Iorque,
para grande desgosto da mãe e das irmãs. No entanto, ela explicara que precisava de a
fazer por causa do seu trabalho. Nenhuma das suas irmãs nem a sua mãe jamais
considerariam a hipótese de fazer semelhante coisa e duas delas nem sequer precisavam
de tal. Além do mais, a sua mãe continuava a ter uma silhueta fantástica e era uma
mulher lindíssima aos cinquenta e sete anos.
Todas as mulheres da família eram deslumbrantes, apesar de as suas belezas serem muito
diferentes umas das outras. Candy não era nada parecida com nenhuma outra mulher da
sua família. Era, de longe, a mais alta, sendo parecida com o pai nas feições e na altura. Ele
era um homem muito atraente, jogara futebol americano em Yale, media cerca de um
metro e noventa e tinha cabelo louro como o dela quando era jovem. Jim Adams faria
sessenta anos em Dezembro. Nenhum dos pais de Candy parecia ter a idade que tinha.
Continuavam a ser um belo casal que despertava atenções. Tal como Tammy, a irmã de
Candy, a mãe era ruiva. O cabelo da sua irmã Annie era de um tom castanho-escuro com
reflexos acobreados, e o cabelo da sua irmã Sabrina era preto, quase azeviche. Havia uma
de cada cor, como o pai costumava dizer em jeito de brincadeira. E na sua juventude,
tinham o aspecto semelhante ao dos velhos anúncios de champô que viam na televisão:
oriental, patrício, distinto e charmoso. As quatro raparigas eram bonitas já desde crianças,
muitas vezes eram alvo de comentários e ainda hoje eram, quando saíam juntas, mesmo
com a mãe. Por causa da sua altura, peso, fama e profissão, Candy era sempre a que
chamava mais as atenções, mas as outras eram igualmente adoráveis.
Terminaram o almoço no L'Avenue. Matt comeu um macaron cor-de-rosa regado com
molho de framboesa, ao passo que Candy fez uma careta dizendo que aquilo era
demasiado doce e bebeu uma chávena de café filtre puro, permitindo-se um mimo, na
forma de um quadradinho de chocolate, o que era coisa rara. Depois do almoço, o
motorista conduziu-os até ao Arco do Triunfo. Já ali tinham um atrelado para ela,
estacionado na Avenue Foch, por detrás do Arco do Triunfo, e pouco tempo depois Candy
surgiu com um magnífico e deslumbrante vestido de noite vermelho, arrastando um
casaco de zibelina atrás de si. Estava absolutamente estonteante, enquanto dois polícias a
ajudavam a atravessar a rua através do trânsito até ao ponto onde Matt e a sua equipa a
aguardavam debaixo da gigantesca bandeira francesa esvoaçando no Arco do Triunfo.
Matt sorriu radiante quando a viu chegar. Candy era, na verdade, a mulher mais bonita
que ele jamais vira e talvez mesmo do mundo inteiro.

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