conchas.
— Vou lavar a louça — disse ela, despejando água quente do fogão a lenha na
bacia.
— Vou ajudar.
E ele chegou por trás dela e enlaçou sua cintura. Ela recostou a cabeça no seu
peito, de olhos fechados. Os dedos dele entraram lentamente debaixo do suéter
dela, passaram pela barriga lisa e subiram em direção aos seios. Como sempre, ela
estava sem sutiã, e os dedos dele rodearam seus mamilos. Tate manteve a mão ali,
mas uma sensação se espalhou pelo corpo de Kya, como se ele a houvesse tocado
entre as pernas. Um vazio que precisava ser preenchido com urgência a dominou,
pulsante. Mas ela não sabia o que fazer nem o que dizer, então se afastou.
— Está tudo bem — disse ele.
E simplesmente a abraçou. Ambos respirando fundo.
*
O sol, ainda tímido e subjugado pelo inverno, surgia de vez em quando entre dias
de vento cortante e chuva torrencial. Então, certa tarde, sem qualquer aviso, a
primavera chegou para ficar. O dia esquentou e o céu brilhou como se alguém o
tivesse encerado. Kya falava baixinho enquanto caminhava com Tate pela
margem coberta de grama de um córrego fundo coberto por pés altos de
liquidâmbar. De repente, ele segurou a mão dela para que ficasse quieta. Seus
olhos seguiram os dele até a beira d’água, onde um sapo enorme de quinze
centímetros de largura estava agachado sob a folhagem. Uma visão bastante
comum se aquele sapo não fosse totalmente branco e reluzente.
Tate e Kya trocaram um sorriso e ficaram observando até o sapo desaparecer
após um único salto silencioso com as patas compridas. Mesmo assim,
continuaram em silêncio ao entrarem mais cinco metros na vegetação. Kya tapou
a boca com a mão e deu um risinho. Então saltitou para longe dele com uma
dancinha infantil em seu corpo não tão infantil assim.
Tate ficou observando durante um segundo, sem pensar mais em sapos. Deu
um passo decidido na direção de Kya. A expressão dele a fez parar em frente a um
carvalho largo. Ele a segurou pelos ombros e a empurrou com firmeza na direção
do tronco. Segurando os braços dela junto às laterais do corpo, beijou-a,
pressionando seus quadris nos dela. Desde o Natal, eles vinham se beijando e se
explorando devagar, mas não daquele jeito. Ele sempre tomava a iniciativa, sem
deixar de observá-la com ar questionador, atento a sinais de resistência, mas não
como naquele momento.
Ele se afastou um pouco, as camadas profundas cor de mel de seus olhos se
cravaram nos dela. Bem devagar, ele desabotoou a blusa dela e a tirou, deixando
os seios à mostra. Demorou um tempo examinando-os com os olhos e os dedos,
traçando círculos ao redor dos mamilos. Então abriu o zíper do short dela e o
baixou, deixando-o cair no chão. Quase nua pela primeira vez na frente dele, ela
arfou e mexeu as mãos para se cobrir. Com delicadeza, ele afastou as mãos dela e