e fugir a nado. Sua mente percorreu num segundo os detalhes da possibilidade de
pular, que parecia ser sua melhor chance. Tão perto assim do litoral, devia haver
uma contracorrente ou um repuxo que a sugaria para debaixo d’água bem mais
depressa do que eles pensavam que ela seria capaz de nadar. Subindo de vez em
quando para respirar, ela poderia chegar à terra firme e se esgueirar para dentro de
alguma vegetação na margem.
Atrás dela, os motores deles faziam mais barulho do que o temporal. Chegando
mais perto. Como ela podia simplesmente parar? Nunca havia desistido. Precisava
pular agora. Mas de repente, como tubarões-cinzentos, eles a rodearam,
aproximando-se. Uma das embarcações apareceu do nada diante dela e seu
barquinho se chocou com toda força na lateral. Ela foi arremessada para trás por
cima do motor e sentiu um tranco no pescoço. O xerife estendeu o braço e
segurou a lateral do barco dela, todos sacudidos pelas ondas agitadas. Dois homens
subiram a bordo da embarcação dela ao mesmo tempo em que o delegado dizia:
— Srta. Catherine Clark, a senhora está presa pelo assassinato de Chase
Andrews. Tem o direito de permanecer calada...
Ela não ouviu o resto. Ninguém nunca ouve o resto.
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
#1