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A seguir ao almoço, Griezman levou Reacher e Neagley de carro até ao hotel
que já tinham utilizado. Agradeceram-lhe e despediram-se, mas não chegaram a
fazer o check-in. Reacher não gostava de ficar no mesmo sítio duas vezes. Um
hábito. Desnecessário, segundo alguns. Ele preferia dizer que tinha trinta e cinco
anos e continuava vivo. Alguma coisa quereria dizer.
Olharam para a planta de Neagley. Ela pôs a unha em cima da casa segura. E
disse:
— Claro que podem ter mais do que uma.
— É possível — respondeu Reacher. — Esta coisa toda é uma questão de
probabilidades.
Começaram a andar e deram com a rua que já tinham visto, onde os quatro
carros da polícia tinham estado estacionados. Onde a prostituta tinha sido morta.
Viraram à esquerda, no sentido da casa segura, perto, mas não em demasia, e
foram inspecionando as ruas secundárias à medida que avançavam. Não era
fácil. Não era como em certas partes do mundo. Não havia tabuletas grandes.
Não havia néons a piscar, nem letreiros a abanar ao vento. Proibido,
presumivelmente. Por motivos de bom gosto. Cada espaço comercial tinha de ser
verificado individualmente. Viram um franchisado de aluguer de automóveis a
ocupar dois endereços lado a lado. Havia outras atividades evidentes. Mas
outras, nem tanto. Reacher entrou num átrio com poltronas e uma receção,
julgando tratar-se de um hotel, mas afinal era um solário, com as cabinas nos
fundos. A rececionista riu-se, tentando, a seguir, suprimir isso mesmo e, para