— Igualmente. Sentem-se, por favor.
Assim fizeram. Reacher perguntou-lhe:
— Porque veio cá?
Ela fitou-o e respondeu:
— Pouco é melhor do que nada.
— Deixou cair a carta de condução no elevador.
— Deixei?
Entregou-lha. E ela pousou-a na mesa, ao lado da chávena. Disse:
— Obrigado. Foi muito descuidado da minha parte. Foi uma sorte terem-na
encontrado. Não estou a usar o meu nome verdadeiro no hotel. Não saberiam a
quem a devolver. Acabaram de me poupar a uma data de papelada na DMV.
— E porque não está a usar o seu nome verdadeiro?
— Os hotéis informam a polícia. O meu nome iria dar origem a um alerta
diplomático. E, oficialmente, não estou cá.
— Tem uma identidade alternativa?
— Várias. Temos uma divisão para a criação de documentação. Tal e qual os
alemães. Falei com o major Orozco hoje de manhã e fiquei a saber de tudo.
Naturalmente, estávamos atentos aos seus amigos. E você desobedeceu-me.
Disse-lhe que era apenas eu, o senhor Ratcliffe ou o presidente.
— Era um assunto privado.
— Não há assuntos privados. Nesta questão, não. Mas, por favor, não culpe o
seu amigo por ter dado com a língua nos dentes. Não teve escolha. E também
não vale a pena ficar a sentir-se muito mal porque tanto o senhor White como o
agente especial Waterman já fizeram a mesma coisa. Com os amigos deles. Nada
de inesperado. Informámo-nos em relação ao historial de cada um.
— Não era relevante.
— Era, por causa das identificações. Isso muda tudo. Identificações que
estejam à venda e sejam suficientemente boas para conseguir passar por
múltiplas fronteiras são uma coisa muito rara. Não incluímos isso nos fatores a
ter em conta. E agora somos obrigados a fazê-lo, o que reduz as nossas hipóteses
a menos do que zero. O nosso americano vai ser uma de entre dez milhões de
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
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