Escola da Noite

(Carla ScalaEjcveS) #1

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A parte mais recôndita do cérebro de Reacher pôs-se a verificar portas e
janelas, ao passo que a parte da frente se pôs a verificar os factos e a lógica. Os
factos e a lógica venceram. Mas as certezas eram uma ilusão perigosa e, por isso,
ele disse:
— Se calhar, é melhor irmos lá para dentro.
Neagley foi a primeira a levantar-se. Sinclair pegou na mala com uma mão e
na carteira e nas duas cartas com a outra e apressou-se a segui-la. E depois foi a
vez de Reacher. Passaram pelas portas duplas, atravessaram a sala do pequeno-
almoço e subiram a escada até ao átrio. Não estava lá ninguém. Sinclair disse:
— Devíamos ir verificar o meu quarto.
— Onde é? — perguntou Reacher.
— No último andar.
O poço do elevador encontrava-se vazio. A gaiola estava num dos outros
andares.
— Esperem um segundo — disse Reacher.
Foi até à receção. A funcionária que lhes tinha tratado do check-in estava de
serviço. Era uma matrona, robusta, já com alguma idade e, sem dúvida, muito
competente. Reacher perguntou-lhe:
— Minha senhora, alguma mulher que lembre aqui a minha amiga pediu uma
chave? E mostrou-lhe identificação?
A rececionista retorquiu:
— Que lembre?

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