Escola da Noite

— Fechámos um caso importante.
— Que tipo de caso?
— Uma caça ao homem, basicamente. Já com uma série de anos e sem pistas
nenhumas. Mas conseguimos.
— Um serviço à nossa nação?
— Mas afinal que é isto?
— Estou a compará-los. E não há grande diferença. São os dois muito bons
agentes, já com um estatuto razoável, considerados leais, fiáveis e de confiança,
e daí terem-lhes dado coisas úteis para fazer. Mas depois a vossa recompensa por
o terem feito é isto. O que quer dizer uma de duas coisas.
— Que são? — perguntou White.
— Se calhar, o que tu fizeste foi motivo de constrangimento em
determinados círculos. Se calhar, agora precisa de poder ser negado. Se calhar,
precisam de te esconder algures. Longe da vista, longe do coração.
White abanou a cabeça. E disse:
— Não, foi bem-visto. E vai ser assim durante vários anos. Recebi uma
condecoração secreta. E uma carta pessoal do secretário de Estado. E, seja como
for, não precisa de poder ser negado porque foi completamente secreto. Nesses
círculos, ninguém soube nada disso.
Reacher olhou para Waterman e perguntou:
— Houve alguma coisa de constrangedor na vossa caça ao homem?
Waterman abanou a cabeça e retorquiu:
— E qual é a segunda possibilidade?
— Que isto não seja uma escola.
— Então é o quê?
— Um sítio para onde mandam bons agentes saidinhos de uma grande
vitória.
Waterman deteve-se por um instante. Ocorreu-lhe algo. Perguntou:
— És igual a nós? Não estou a ver razão para que não sejas. Porquê
selecionar dois iguais e não três?
Reacher assentiu com a cabeça.