Escola da Noite

(Carla ScalaEjcveS) #1

Reacher puxou do envelope de Griezman.
— Quero que me verifiques esta impressão digital — afirmou.
— Em que bases de dados?
— Exército, marinha, força aérea e fuzileiros navais. Mas muito
discretamente.
— O que aconteceu?
— Mataram uma prostituta. E os polícias daqui acham que o culpado foi este
tipo.
— E há alguma razão para pensar que se trata de um militar americano?
— Absolutamente nenhuma, mas preciso de um favor.
— Não podemos fazer isso.
— E por isso é que eu disse discretamente. Só tu podes ver isto. E depois eu.
E, a partir daí, trato eu do assunto.
— Vêm-me à cabeça as palavras «tribunal» e «militar».
— Ainda não aconteceu.
Orozco ficou calado durante bastante tempo, antes de pegar no envelope.
Mas sem dizer nada. Sem fazer promessas. Poder negar uma coisa, desde o
começo. Era sempre uma boa ideia. Reacher saiu do carro e Orozco arrancou.
Reacher voltou para o hotel, cheio de pressa.


Encontraram-se de novo no quarto de Sinclair. A grande novidade dela era
que Vanderbilt tinha sofrido um súbito acesso de proatividade e levara o retrato
do americano, que tinha sido enviado por faxe, até aos aposentos dos oficiais de
visita, em Fort Myer, para o mostrar a Bartley. O tenente-coronel que se tinha
recusado a explicar onde estava no dia em questão. O tipo que andava a sugar o
capital da casa de família, antes de se divorciar da mulher incauta. Reconheceu a
cara desenhada. Disse que já tinha visto aquele tipo no aeroporto de Zurique. Na
penúltima viagem que fizera. Tinham regressado a Hamburgo no mesmo voo.
Precisamente duas semanas antes do primeiro encontro. O tipo trazia uma pasta
vistosa, com múltiplos separadores individuais e o logótipo de um banco. O

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