Escola da Noite

Bateram à porta.
Por um milésimo de segundo bastante ilógico, Reacher pensou: super-rápido,
podes crer, caraças.
Mas não.
A porta abriu-se. E entrou um tipo. Ativo, vivaço, sessenta e tal anos, estatura
média, fato cinzento, cintura adelgaçada, cara calorosa e simpática. Rosada e
redonda. Cheio de energia, com o esboço de um sorriso. Um tipo que tratava das
coisas, com imenso charme. Como um vendedor. De qualquer coisa complexa.
Do género de um instrumento financeiro ou de um Rolls-Royce.
— Peço desculpa — disse o homem.
Para Sinclair apenas.
— Não sabia que estava acompanhada.
Americano. Sotaque de ianque à moda antiga.
Ninguém disse nada.
E foi então que Sinclair falou:
— Peço desculpa. Sargento Frances Neagley e major Jack Reacher, exército
dos Estados Unidos, apresento-lhes o senhor Rob Bishop, chefe da base da CIA
no consulado de Hamburgo.
— Acabei de passar de carro pelo apartamento — informou Bishop. — Na
rua paralela. Que dá para o quarto do puto. Deslocaram o candeeiro na janela.