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No edifício da Educational Systems, em McLean, na Virgínia, eram seis
horas a menos, ainda de manhã, e Waterman e Landry estavam a tratar da
verificação de antecedentes em conjunto. Tinham o número das forças armadas
de Wiley, que era o equivalente moderno do número da Segurança Social. E que
abria uma série de portas em matéria de bases de dados. Desde logo, saltavam de
imediato aos olhos quatro detenções por crimes graves durante a década de
1980, em Sugar Land, no Texas, a sudoeste de Houston. Como era evidente,
nenhuma das detenções tinha dado azo a uma condenação. Um tipo que se
tivesse lixado à primeira não andaria à solta para colecionar as outras três. Mas
não havia fumo sem fogo. Landry pesquisou os pormenores mais a fundo. As
quatro detenções tinham-se devido à venda de bens alheios. Alegadamente. Os
quatro casos haviam sido todos arquivados por falta de provas. Os queixosos não
tinham levado a ação adiante. As testemunhas tinham-se mostrado pouco
convictas. Possivelmente, a sério. Não havia indícios de ameaças ou subornos.
Wiley tinha sido um sortudo. Ou subtil. Após a última detenção, o cadastro não
registava nada durante cinco anos consecutivos. E, a seguir, ele tinha-se alistado.
— Devíamos informar a Sinclair — disse Landry. — Temos aqui a
confirmação. Este tipo rouba coisas para as vender. É o modus operandi dele.
— Só que o Reacher diz que não há lá nada que valha cem milhões de
dólares — respondeu Waterman.
— Tem de haver.
— Que uma única pessoa possa roubar, não. Que seja portátil. E que possa