Escola da Noite

(Carla ScalaEjcveS) #1

— O Billy Bob e o Jimmy Lee contaram-te quem lhes vendeu as
identificações?
— Recusam-se a fazê-lo. Estão assustados. Aquilo é uma espécie de cena da
máfia, em grande. Mas não tem que ver com Itália. Tem que ver com alemães
nostálgicos. E esses têm membros, subdivisões, regras e cenas de toda a espécie.
O Billy Bob e o Jimmy Lee têm mais medo deles do que de mim.
— E é no bar que esses gajos se encontram?
— É o quartel-general não oficial deles.
— E o que são eles ao certo?
— A maior fação de extrema-direita. Até agora, tem sido só paleio, mas isso
não pode durar para sempre.
— Okay, diz ao Billy Bob e ao Jimmy Lee que não queremos saber a quem
compraram as identificações. Diz-lhes que não lhes vamos voltar a perguntar
isso e que, em troca, nos vão responder a uma questão simples. Quiseram dar a
ideia de terem sido eles a escolher os novos nomes sozinhos. Um disse que foi
porque tinha gostado do som. Pergunta-lhes se isso é verdade. Podiam mesmo
ficar com qualquer nome que quisessem?
— Okay — retorquiu Orozco. — Eu pergunto-lhes. Mais alguma coisa?
— Para já, não.
— Estamos metidos em sarilhos?
— Não te preocupes. Estamos na boa.
— Se apanhares o tipo.
— Não pode ser assim tão difícil, pois não?
Reacher desligou o telefone e virou-se de frente para o bar. Por essa altura, já
tinha uma data de gente a olhar para ele. As notícias tinham-se espalhado. Havia
um amontoado de pessoas junto à porta da rua e outro junto à porta das traseiras.
E tanto um como o outro grupo estavam a observá-lo. À espera dele. O que
queria dizer que a luta seria lá fora. Ele sairia do bar e eles segui-lo-iam. Se
houvesse luta. O que não era seguro. Era quase tudo gente acima da média.
Acima da média quanto a idade, acima da média quanto a peso. Ataques
cardíacos simplesmente à espera de acontecer. A coragem de praticamente todos

Free download pdf