não fosse o Griezman reconhecer-me.
— E que queria o Griezman?
— Um dos carros da minha divisão ouviu a coisa pelo rádio. O americano de
que andam à procura foi visto em St. Pauli. Chama-se Wiley. Os homens do
Griezman andam com o retrato-robô dado pelo Klopp nos carros.
— E mais algum detalhe?
— Um dos meus homens acabou de ir verificar um carro que estava parado
numa zona de estacionamento proibido, perto da água. Perto de uns
apartamentos novos que há por lá. Era um dos detetives do Griezman, numa
viatura não identificada, à coca do Wiley. O meu homem perguntou porquê e
conversaram durante um minuto. A típica coscuvilhice entre polícias. O homem
do Griezman não sabia os pormenores, mas disse que era óbvio que se tratava de
uma coisa bastante importante. Recebeu as ordens com alerta vermelho.
— E que quer isso dizer?
— Dantes, queria dizer crime organizado, mas agora quer dizer terrorismo. O
tipo não tinha a certeza se era um alerta novo ou antigo. Neste momento, reina
uma certa confusão. Mas acho que era um alerta novo porque também andaram a
vigiar um apartamento perto do hotel do Reacher. Umas horas antes. Parece que
era para ter saído de lá um saudita. Mas não chegou a acontecer. Fui consultar os
registos municipais e, nesse prédio, há um apartamento com três sauditas e um
iraniano. Todos tipos novos. Acho que isto é uma cena qualquer do Médio
Oriente.
— E o Wiley também aparece nos registos municipais?
— Nem sombra dele.
— O Klopp diz que já o viu mais do que uma vez no bar. Se calhar, há lá
alguém que o conhece.
— Se calhar — retorquiu Muller.
— Precisamos que nos arranjes uma cópia do retrato-robô que o Klopp deu à
polícia — afirmou Dremmler.
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
#1