Escola da Noite

(Carla ScalaEjcveS) #1

o Helmut Klopp é um dos fundadores. Sabe qual é o nosso aspeto e sabe os
nossos nomes. Puseste quatro dos soldados rasos deles a chorar. Da primeira vez
que cá estivemos. E agora querem uma segunda oportunidade.
— Achas que ainda estão zangados com isso?
— Provavelmente.
— E achas que aquele pátio é muito grande?
— Não sou arquiteta, mas deve ter uns nove por nove. Como um quarto
grande.
— E quantos tipos achas que eles trouxeram?
— Seis, no mínimo. Sete, contando com o que te atraiu para aqui.
— Que nos atraiu para aqui.
— Até eu deter a nossa marcha. O primeiro dever de um sargento é manter o
superior fora de perigo.
— É isso que vos ensinam?
— Nas entrelinhas.
— Para mim, tudo bem — retorquiu Reacher.
— Devíamos voltar para trás.
— Se calhar, estás enganada.
— Não me parece que esteja enganada.
— Se calhar, aquilo é um pátio residencial. Habitações sociais. Uma espécie
de coisa de bairro pobre. Quartos sem vista. O género de sítio em que se vive
quando se está desempregado. O que, pelo menos, deixa uma pessoa com a
manhã livre para ficar parada à porta de um prédio em frente a um hotel.
— Achas que ele estava a ir para casa?
— Acho que devia ir ver.
— É uma armadilha, Reacher.
— Eu sei que é. Mas precisamos de os pôr preocupados connosco.
Precisamos de manter a pressão. Somos capazes de precisar que eles revelem
quem vende os passaportes. Tenho a certeza de que faz parte do bando.
Precisamos do novo nome do Wiley. E, se calhar, essa é a única maneira de o
obter. Dá-me dois minutos certos. E se eu ainda não tiver voltado, estás à

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