Escola da Noite

(Carla ScalaEjcveS) #1

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Reacher avançou e virou para a viela. Que tinha menos de um metro de
largura. Género um corredor com mau aspeto, num apartamento de pouca
qualidade. Mais à frente, via-se um retângulo de luz. Uma sombra matinal e tons
de grés. Não havia ali pessoas. Estariam todas bem encostadas à parede, de cada
um dos lados, à saída da viela.
Reacher continuou a avançar, passando com as pontas dos dedos na pedra de
ambos os lados, para se manter centrado. Ia dando passos sonoros, com um
estranho quá-quá a ecoar, primeiro das paredes, e depois do telhado. Mais
adiante, nada se alterou. A luz matinal e o betão pintado. Cores quentes. Tudo
claro e limpo. Tijolos debaixo dos pés, iguais a alguns dos passeios. Nenhuma
obstrução física. Nada de tampas para gás nem de bombas de água. Tudo de uma
modernidade à anos 50.
Reacher avançou.
E a seguir, a três passos do final da viela, desatou a correr e entrou de
rompante no pátio, deslocando-se depressa, até ao centro, onde parou
subitamente e deu meia-volta.
Oito tipos.
Que continuavam todos bem encostados à parede. E todos, evidentemente, à
espera de uma abordagem mais cautelosa. Quatro correspondiam aos quatro à
entrada do bar, da primeira vez. A Alemanha é dos alemães. Pareciam
parcialmente recuperados. Três dos outros tinham um aspeto semelhante, mas
ainda não estavam amachucados. E, possivelmente, eram mais velhos, em

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