Escola da Noite

(Carla ScalaEjcveS) #1

conhecemos nenhum.
— Então para que precisam de nós? — perguntou Waterman. — A situação é
estável. Eles não vão a lado nenhum. Vocês vão receber a ordem de ativação
para aí um minuto a seguir a eles. Partindo do princípio de que o consulado está
em cima do acontecimento vinte e quatro horas por dia.
Mais valia ouvir a conversa toda até ao fim.
Sinclair respondeu:
— A situação é estável, sim. Nunca acontece nada. Mas, de repente,
aconteceu. Há uns dias. Só uma colisãozinha acidental. Tiveram uma visita.


Por sugestão de Sinclair, mudaram-se da sala de aulas para o gabinete. Ela
disse que a sala de aulas era desconfortável por causa das carteiras, o que era
verdade, sobretudo para Reacher, que media um metro e noventa e cinco e
pesava cento e treze quilos. Não tinha estado propriamente sentado na carteira,
mas todo enfiado nela. Em contraste, o gabinete possuía uma mesa de
conferências com quatro cadeiras de couro reclináveis. Um nível de conforto
superior que Sinclair pareceu prever por completo. O que fazia sentido. Afinal
de contas, tinha sido ela a arrendar o espaço, provavelmente na véspera, ou então
pedira a algum adjunto de hierarquia inferior para o fazer. Três quartos, mais
quatro cadeiras para as reuniões.
Os homens de fato ficaram à espera lá fora e Sinclair disse:
— Esprememos todos os pormenores possíveis do nosso ativo e julgamos
poder confiar nas conclusões dele. A visita foi outro saudita. Da mesma idade
deles. E vestido da mesma maneira. Uma coisa qualquer aplicada no cabelo, um
fio de ouro e o crocodilo no polo. Não estavam à espera dele. Foi uma absoluta
surpresa. Mas têm uma coisa ao estilo da Máfia, em que lhes pode ser pedido
que desempenhem um serviço. E a visita aludiu a isso. Veio a revelar-se que ele
era aquilo a que chamam um estafeta. Não tinha nada que ver com eles. Era uma
outra coisa completamente diferente. Só que ele tinha um assunto para tratar na
Alemanha e precisava de uma casa segura. Que é sempre a opção preferida de

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