a perder a cor. E talvez uns sessenta e cinco anos. Um rosto simpático. Gasto,
mas ainda bonito. Sorriu com simpatia para Reacher, como que a querer dizer
que tinha a certeza de que ele compreendia, e depois virou-se para o filho e
agradeceu-lhe pelo trabalho bem feito, apertando-lhe as mãos, dando-lhe uma
palmadinha no ombro, afagando-lhe a face e mandando-o para dentro de casa.
A seguir, avançou até onde Reacher se encontrava à espera. Olhou para ele
durante um segundo e depois perguntou:
— É do exército?
Falou em inglês, com sotaque, mas sem hesitações.
— Como soube? — retorquiu Reacher.
— O Arnold disse que viriam.
— Ai sim?
— Embora ele julgasse que seria mais cedo. Ainda assim.
— Sou o major Reacher.
— Senhora Mason.
— O Arnold está em casa?
— Claro.
Os outros saíram do carro e seguiram Reacher e a mulher para dentro de
casa. Era um sítio pequeno, mas claro e alegre, com tinta branca e papel de
parede com desenhos de flores. A mulher conduziu Reacher para uma sala de
estar nas traseiras. Entrou. E ele seguiu-a. Ela atravessou a sala, baixando-se e
abraçando um homem de cadeira de rodas. Deu-lhe um beijo que o despertou. E
disse:
— Querido, é o major Reacher, do exército.
Arnold Mason. Outrora, trabalhador num rancho durante a adolescência,
depois soldado de infantaria e depois pai de família com duas famílias. E agora,
encontrava-se prostrado numa cadeira de rodas, com um dos lados do corpo
frouxo, um olho aberto e o outro fechado.
— Boa tarde, senhor Mason — disse Reacher.
O tipo não respondeu. Tinha sessenta e cinco anos, mas parecia ter noventa e
cinco. Não tinha forças. Nem capacidade de concentração. Reacher olhou para a
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
#1