de esfregar a roupa, afastando-se dos últimos vestígios do pôr do sol.
Na sala do consulado, Neagley pegou no telefone e ligou para o amigo que
tinha no Comando do Pessoal. Explicou-lhe a jogada de último recurso. O amigo
respondeu-lhe que, em teoria, a coisa parecia ser relativamente simples. Bastava
procurar comandantes subalternos, por volta de 1955, nas divisões paraquedistas
em serviço na Alemanha, que continuassem no exército passados quarenta anos.
Neagley apostou cinco dólares em como não chegariam aos dez. E o amigo
apostou dez dólares em como não haveria nenhum. Devido ao desgaste natural,
explicou, além de três importantíssimas convulsões, em primeiro lugar, o
Vietname, em segundo, o colapso soviético, e, em terceiro, a máquina militar dos
tempos modernos, feita de voluntários e de alta tecnologia, toda eficiente e
funcional, com proteções para o corpo inteiro, mulheres e óculos de visão
noturna. Nenhum tipo seria capaz de sobreviver a isso tudo.
E foi então que tocou outro telefone, que Vanderbilt atendeu e passou a
Reacher. Era Griezman. Que disse:
— Preciso de falar consigo em privado.
— Força — respondeu Reacher.
— Não, cara a cara. E sozinhos. Onde está?
— Não tenho autorização para lhe responder a isso.
— Só o posso ajudar se me deixar.
— Estou no consulado americano.
— Esteja à porta daqui a um minuto.