Escola da Noite

— Cem milhões é imenso dinheiro. Um preço desses deixar-me-ia um
bocadinho preocupado.
Sinclair assentiu e afirmou:
— Um preço desses deixa-nos bastante preocupados. Parece ser uma coisa
extremamente séria. É mais do que já tivemos notícia. Por isso mesmo, estamos
a utilizar todos os canais possíveis. Já alertámos todos os nossos ativos no
mundo inteiro. Centenas de pessoas já estão a trabalhar no duro. Mas precisamos
de mais. A vossa missão é encontrar esse americano. Se ele continuar no
estrangeiro, a jurisdição pertence à CIA e o senhor White chefiará a iniciativa.
Se já tiver voltado para os Estados Unidos, então é o FBI que tem a jurisdição e
será o agente especial Waterman a avançar. E como as estatísticas nos dizem que
a imensa maioria dos americanos que se encontram na Alemanha num
determinado momento corresponde a militares em serviço, julgamos poder vir a
precisar que o major Reacher trabalhe com um dos dois ou com ambos.
Reacher olhou para Waterman, e a seguir para White, viu-lhes dúvidas nos
olhos e teve a certeza de que viam a mesma coisa nos dele.
Sinclair explicou:
— Vão receber pessoal e material amanhã de manhã. Podem ter tudo o que
quiserem, quando quiserem. Mas só vão falar comigo, com o senhor Ratcliffe ou
com o presidente. Isto é uma unidade em quarentena. Mesmo que só queiram
uma caixa de lápis, têm de passar por mim, pelo senhor Ratcliffe ou pelo
presidente. Ou seja, na prática, por mim. A papelada subsequente será gerada a
partir da Ala Oeste. Não podem ser identificados a título pessoal. Porque cem
milhões de dólares é imenso dinheiro. Não é impossível que o governo esteja
envolvido. O americano pode ser do Departamento de Estado, da Justiça, ou
trabalhar no Pentágono. Pode acontecer falarem com a pessoa errada por engano.
Portanto, não falem com ninguém. É a regra número dois.
— E qual era a regra número um? — retorquiu Waterman.
— A regra número um é que o iraniano não pode ficar queimado. Não
podemos fazer nada que possa conduzir a ele. Investimos muito nele e vamos
precisar dele, já que não fazemos mesmo ideia nenhuma do que aí vem.