A seguir, Sinclair empurrou a cadeira para trás, levantou-se e dirigiu-se para
a porta. Ao sair, atirou:
— Não se esqueçam, atenção constante.
Reacher recostou-se na cadeira de couro, e White olhou para ele e disse:
— Só podem ser tanques e aviões.
Reacher respondeu:
— Os nossos tanques mais próximos estão a mais de mil quilómetros do
Iémen ou do Afeganistão e são precisas várias semanas e milhares de pessoas
para os deslocar. Era mais fácil levar o Iémen ou o Afeganistão até junto deles. E
também mais rápido e menos visível.
— Então, são aviões.
— Suponho que cem milhões sejam capazes de fazer um ou dois pilotos
passar para o outro lado. Se calhar, três ou quatro. Duvido é que o Afeganistão
tenha pistas suficientemente grandes. Mas talvez o Iémen tenha. Portanto,
teoricamente, é possível. Só que os aviões não lhes servem para nada. Iam
precisar de centenas de toneladas de peças sobressalentes, mais centenas de
engenheiros e técnicos de manutenção. E de centenas de horas de formação. E
íamos encontrá-los à mesma passados cinco minutos e destrui-los-íamos em terra
com mísseis. Ou, se calhar, até já somos capazes de fazer isso à distância.
— Então outro hardware militar qualquer.
— Mas qual? Um milhão de espingardas a cem dólares cada? Não temos
assim tantas.
Waterman disse:
— Pode ser um segredo, uma senha, uma palavra-passe, uma fórmula, um
mapa, uma planta ou um diagrama, uma lista, um esquema com a segurança
informática completa do sistema financeiro mundial, uma receita comercial ou o
valor final de todos os subornos necessários para aprovar legislação nos nossos
cinquenta estados.
— Achas que são dados? — retorquiu White.