Escola da Noite

(Carla ScalaEjcveS) #1

— Que mais pode ser comprado e vendido discretamente e valer assim tanto?
Talvez diamantes, mas esses estão em Antuérpia e não em Hamburgo. Talvez
drogas, mas nenhum americano tem material no valor de cem milhões de dólares
pronto a despachar. Isso é na América do Sul e Central. E o Afeganistão também
tem papoilas.
— E qual é o pior cenário possível?
— Isso já fica acima das minhas competências. Pergunta ao Ratcliffe. Ou ao
presidente.
— Mas na tua opinião?
— E na tua?
— Sou especialista no Médio Oriente. Para mim, é sempre o pior cenário
possível.
— O vírus da varíola — afirmou Waterman. — Isso é o meu pior cenário
possível. Ou qualquer coisa do género. Uma epidemia. Uma arma biológica. Ou
o ébola. Ou um antídoto. Ou uma vacina. O que implicaria que eles já
possuiriam o vírus.
Reacher fitou o teto.
Coisas que podiam acabar mal.
Não me pareces contente. Mas devias estar.
O tempo que for necessário.
Garber mais parecia estar a fazer palavras-cruzadas.
White olhou para ele e perguntou:
— Em que estás a pensar?
Reacher respondeu:
— Na contradição entre a primeira regra e o resto da coisa. Não podemos
deixar o iraniano queimado. O que quer dizer que não nos podemos aproximar
minimamente do mensageiro. Nem sequer podemos vigiar um local a que o
mensageiro nos conduza. Porque não sabemos que o mensageiro existe. A não
ser que alguém de dentro nos sussurre isso.
— Isso é um impedimento — corrigiu Waterman. — Não é uma contradição.
Arranjamos maneira de contornar isso. Eles precisam desse tipo.

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