Escola da Noite

(Carla ScalaEjcveS) #1

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Bishop enviou o expresso cedo, pois o general Helmsworth estava a chegar.
O condutor explicou que o avião da Delta já tinha aterrado em Hamburgo,
precisamente ao romper do dia. O general iria ser recebido no aeroporto e levá-
lo-iam diretamente para o consulado, onde se refrescaria nos aposentos para as
visitas, antes de passar para uma sala de reuniões providenciada por Bishop.
Aparentemente, Helmsworth fizera uma interpretação restrita das ordens que
recebera. Falaria apenas com Sinclair, Reacher e Neagley, que faziam parte da
cadeia de comando dele, em sentido lato. Os outros, não. O que, em termos
práticos, não constituía problema nenhum. Já tinham decidido entre eles eliminar
toda a gordura desnecessária. Tinham chegado à conclusão de que as lendas de
infância, mais ou menos recordadas e crípticas, de outra pessoa não
sobreviveriam a um interrogatório formal de um contra sete, com uma mesa pelo
meio. Tinham chegado à conclusão de que um ambiente descontraído seria mais
produtivo. Um grupo mais reduzido. Sinclair, Reacher e Neagley já tinham sido
escolhidos antecipadamente.
Por isso, os outros foram para o gabinete habitual. Bishop indicou-lhes o
caminho para a sala que tinha escolhido. Parecia-se bastante com a sala em Fort
Belvoir, onde Reacher recebera a medalha. O mesmo género de cadeiras
douradas, o mesmo género de veludo vermelho, o mesmo género de bandeiras.
Talvez o teto fosse mais alto. O edifício era mais antigo. Neagley foi buscar
quatro cadeiras de braços e dispô-las num quadrado, como num grupo informal.
Todos iguais. Só pessoal na palheta.

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