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Helmsworth disse:
— Os manifestos de carga iniciais mostram dez caixotes a saírem de
Livermore. E cada caixote continha dez Davy Crocketts. Dez vezes dez são cem,
que é a quantidade de bombas com que treinámos. E os manifestos de carga
posteriores mostram os mesmos dez caixotes a voltarem para a América, cada
um com as mesmas dez bombas lá dentro. Dez vezes dez são cem. Todas
contabilizadas. Todas devidamente entregues e guardadas em segurança dentro
do território dos Estados Unidos. E, subsequentemente, todas verificadas,
examinadas fisicamente e contadas à frente de testemunhas. Temos, sem tirar
nem pôr, cem nas nossas mãos.
— Então qual foi o erro? — perguntou Reacher.
— Os manifestos de carga foram esses. Cem para cá e cem para lá. O que
batia certo com toda a papelada militar conhecida. Mas, anos mais tarde, no
laboratório de Livermore, houve alguém que descobriu uma fatura por enviar
referente a um décimo primeiro caixote. Mais dez Davy Crocketts. Não havia
documentação de entrega que lhes correspondesse. Os números de produção
eram ambíguos. É possível que tenha sido aviada uma décima primeira
encomenda.
— Mas que nunca foi paga. O que é pouco provável. O que quer dizer que o
mais certo é o erro ter estado na fatura. E, possivelmente, foi por isso que nunca
a enviaram.
— A conclusão inicial foi essa, sim — respondeu Helmsworth. — Só que,