desde o começo, a partir do momento em que perguntara como ia o negócio e,
por seu turno, Schlupp lhe tinha perguntado do que precisava. Passou a cassete
para a frente e selecionou as partes importantes, que correspondiam às palavras
«informações», «causa», «nova Alemanha», «carta» e «condução», mais a
pergunta sobre o novo nome do americano, o «suborno», a palavra importante e,
pela quarta vez, a palavra «causa».
Apanhado.
E disse:
— Tenho pessoas em lugares que são capazes de o surpreender. Seria difícil
que esta cidade funcionasse sem elas. E nenhuma violou lei alguma. Incluindo
eu.
— Ainda.
— O que é o mesmo que dizer que nenhuma violou lei alguma.
— Vamos estar preparados para quando o fizerem.
— Perseguir-nos só vai aumentar os nossos números.
— Levar a tribunal não é o mesmo que perseguir.
— Pense lá um bocadinho, senhor Griezman. Tem pela frente uma força
poderosa. Que dentro em breve ficará ainda mais poderosa. Talvez esteja na
altura de deixar de obedecer aos seus amos. Devia pôr-se do nosso lado. Os
nossos interesses encontram-se perfeitamente alinhados. Não tem nada que
temer. O seu emprego continuará seguro. Até mesmo na nova Alemanha, haverá
pequenos criminosos.
— O Schlupp chegou a telefonar-lhe antes de morrer, para lhe dizer o novo
nome do americano? — perguntou Griezman.
— Não — respondeu Dremmler.
E Griezman acreditou nele. Não esperava outra coisa.
Sinclair fez o telefonema para a Casa Branca do gabinete habitual.
Helmsworth já se tinha ido embora. E Bishop chegara. Waterman repetiu as
mesmas previsões soturnas, que, fosse como fosse, já era demasiado tarde, que