Escola da Noite

O telefone tocou.
Griezman.
Que perguntou:
— Em que lhe posso ser útil?
— Não tenho bem a certeza de que já possa — respondeu Reacher.
— Então para que me ligou?
— Tinha esperanças de já estar pronto.
— Arrisque, Reacher — disse Sinclair.
Ele lembrou-se de levantar a mão, de lhe tocar ao de leve na testa com a
ponta dos dedos e de lhe enfiar os dedos no cabelo, embrenhando-os nele.
Lembrou-se da textura, a alternar entre o grosso e o macio, ao sabor das ondas.
Lembrou-se de o puxar para trás, deixando uma parte presa atrás da orelha dela e
outra solta.
Tinha-lhe ficado bem.
E, nessa altura, ele arriscara.
— Preciso que verifique os registos municipais referentes à urbanização onde
o Wiley mora — disse.
— Em que nome? — retorquiu Griezman.
— Kempner.
— Isso é um nome bastante comum.
— Homens solteiros, na casa dos trinta, a viver sozinhos e, fora isso, com
muito pouca documentação associada ao nome.
— Isso são várias horas de trabalho. Está com muita pressa?
— Estamos a ter de avançar um bocadinho mais depressa do que
gostaríamos.
— Então é bom que tenha a certeza. Isto pode ser o seu único desejo. Não vai
haver tempo para voltar a esfregar a lâmpada.
— Experimente.
— Kempner?
— Ligue-me assim que puder — rematou Reacher.
Interrompeu a ligação.