— Como o cancro do pulmão.
— Dez coisas dessas?
— Num caixote.
Orozco ficou calado durante muitíssimo tempo.
E depois disse:
— Gostava de incluir o meu sargento.
— Não esperava outra coisa — respondeu Reacher.
— Já estou a caminho — retorquiu Orozco.
Reacher desligou e subiu as escadas para regressar ao gabinete habitual. O
telefone tocou mal ele lá chegou. Sinclair colocou-o em alta-voz. Não era da
Casa Branca. Nem eram novas ordens da NATO. Era Griezman. Que disse:
— Há cinco Kempner na urbanização do Wiley. Quatro não parecem muito
prováveis, tendo em conta a idade. O quinto é uma forte possibilidade. O
arrendamento termina daqui a menos de um mês. Não há registo de empregos.
Não se percebe bem qual será a fonte de rendimento dele. E o tipo aparece
registado como Isaac Herbert Kempner.
— É ele — respondeu Reacher. — Foi esse o tipo que fundou a Imperial
Sugar. É o mesmo nome, tal e qual. Encontrámos o Wiley.
— Apanho-os daqui a cinco minutos — retorquiu Griezman. — Mas, por
favor, que sejam só você, a sargento Neagley e a doutora Sinclair. Nada de CIA.
Ainda não informei Berlim. Estou a arriscar imenso a pele.
Sinclair interrompeu a ligação.
Olhou para Reacher e disse:
— Parabéns, major. Mais uma medalha.
— Ainda não — respondeu Reacher.
Muller fechou a porta do gabinete e ligou para Dremmler pelo telefone que
tinha em cima da secretária. E disse:
— O Griezman anda a verificar os registos municipais à procura de um tipo
chamado Kempner. Na nova urbanização onde eles acham que o Wiley mora.